Os novos gestores da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) chegaram com mais e mais projetos na bagagem, mas nada que garanta de imediato à população – da capital e do interior – o fim das macas nos corredores dos Socorrões, e até o mais simples atendimento nas unidades mistas.
Com os hospitais de urgência e emergência superlotados, com as outras unidades municipais sucateadas e sem soluções próprias a curto prazo, eles querem encaminhar os pacientes que recebem para os leitos da rede estadual – a única que investiu na ampliação e modernização das suas instalações físicas – na aquisição de equipamentos e na contratação de pessoal.
E que vem atendendo milhares de pessoas que não têm assistência na rede municipal.
Para o vereador Fábio Câmara (PMDB), a gestão de Edivaldo Holanda Júnior deve, primeiro, reorganizar sua própria rede e voltar a atender a população de São Luís.
– Como é que São Luís quer continuar ficando com o dinheiro dos outros municípios se não tem rede pra atender seus próprios pacientes? Se o ludovicense vai a um posto de saúde municipal, lá não tem nem remédio nem médico pra atendê-lo. Aí todo mundo recorre às UPAs, que já estão superlotadas. É urgente que esses novos gestores façam o dever de casa – cobrou Câmara.
O secretário César Félix Diniz, de perfil mais tímido, parece destinado a cuidar da parte institucional, ser o representante burocrático da Semus.
Tem como braço direito o adjunto Israel Correa Pereira, o encarregado de “profissionalizar” a gestão do sistema municipal de saúde, que engloba desde o atendimento básico – que deveria ser prestado nos postos e unidades mistas – até os Socorrões.
Chegam com os mesmos projetos de investimentos que vêm sendo anunciados desde o início do ano e até agora não saíram do papel.
A obra de construção do novo hospital de urgência e emergência está suspensa.
E até o prédio de uma UPA municipal construído no Maracanã está abandonado…