Os esclarecimentos feitos pelo secretário de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar Fernando Fialho definitivamente não convenceu a oposição e nem mesmo parte da base aliada. “Amado” por uns e “odiado” por outros, Fialho agora pode ser alvo de uma CPI para investigar mais a fundo seus convênios cheios de indícios de irregularidades.
Hoje pela manhã na Assembleia Legislativa o movimento era frenético entre os deputados nos bastidores em torno da criação de uma CPI contra Fialho. Caso seja levada adiante atingirá em cheio o Palácio dos Leões, que dificilmente manterá o secretário no cargo.
Quando esteve na Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos, Fialho se eximiu de culpa e atribuiu qualquer responsabilidade de irregularidades na Associação Vera Macieira, com quem sua secretaria assinou contrato de quase 5 milhões de reais. Os argumentos considerados frágeis do secretário foi contestado pelo deputado da oposição Marcelo Tavares, que apresentou mais de 100 convênios com fortes indícios de fraude.
A movimentação em torno da CPI pode ter duas motivações. Seria uma resposta da oposição com o objetivo de cessar os ataques do governo contra o deputado da Birá do Pindaré (PT), alvo de grave denúncia em matéria publicada em O Estado do Maranhão e também uma resposta da maioria da base aliada insatisfeita com a governadora Roseana. Além, é claro, do evidente objetivo de enfraquecer o grupo do governo para 2014.
Para quem acha improvável e sem sentido a criação de uma CPI para investigar um membro do governo, já que a base aliada é maioria na Assembleia, vale lembrar que a casa aprovou o requerimento de convocação do secretário com a ajuda de deputados da base governista, o que não deveria ter acontecido.