A vereadora Rose Salles (PCdoB) construiu todo o seu primeiro mandato na Câmara Municipal como uma espécie de líder da oposição ao então prefeito João Castelo (PSDB).
Foi assumindo bandeiras como a da luta pelos contratados da Secretaria de Educação, em fortes discursos na tribuna, que a vereadora fortaleceu seu mandato e saiu das urnas de 2012 como a mais votada vereadora da capital.
Mas em apenas seis meses do novo mandato, ela simplesmente desapareceu da cena política.
Rose Salles é hoje uma vereadora no nível do “baixíssimo clero” da Câmara – tão apagada quanto tantos outros, que têm no mandato apenas uma espécie de emprego fixo, com contratos renovados a cada quatro anos.
A vereadora vive a difícil situação de ser vidraça.
Com o projeto de ser eleita deputada federal em 2014, ela optou pelo silêncio em relação à administração Edivaldo Holanda Júnior (PTC) – que, diga-se de passagem, não era o seu preferido para a prefeitura – temendo ser escanteada pelo PCdoB.
O resultado disso é um início de mandato pífio, sem voz, e com as bandeiras que levantou até o ano passado – como a dos professores, por exemplo – completamente enroladas e guardadas numa espécie de baú.
Agora a parlamentar comunista terá que apostar na força partidária para compensar a iminente perda de votos daqueles que acreditaram na promessa de que, com o novo governo, tudo seria resolvido mais facilmente.
Ou isso, ou não disputar em 2014.
É simples assim…