A Prefeitura de São Luís bateu cabeça durante todo o dia de ontem para encontrar uma explicação que justificasse, sem constrangimento, a viagem repentina do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) a São Paulo.
Surpreendidos com a revelação, os assessores do prefeito, que não sabiam de sua viagem, primeiro atacaram o titular deste blog; cobrados nas redes sociais, e em outros blogs, no entanto, foram obrigados a emitir nota com a suposta justificativa para a viagem.
Oficialmente, a prefeitura diz que Holandinha está cumprindo agenda oficial de prefeito. Nos bastidores, no entanto, os próprios responsáveis pela versão oficial admitem que o prefeito está acompanhando o pai, Holandão, em um check-up na capital paulista.
Mas ambas as versões são falsas, e servem apenas como cortina de fumaça para esconder o que este blog revelou.
O fato é que Holandinha sofre com a pressão do cargo, passou mal na semana passada, entrou num quadro de depressão e pânico e foi levado pela família para um período de acompanhamento em São Paulo.
A versão oficial, de compromissos de agenda, atende à liturgia do cargo, e serve para evitar maiores especulações. A outra versão, esta divulgada apenas nos bastidores, também serve aos propósitos da rede de proteção ao prefeito.
Quando dizem que Holandinha apenas acompanha Holandão, os assessores do prefeito tentam atingir dois alvos:
Primeiro, tiram o próprio prefeito do foco, já que, é sabido que o pai dele sofreu trombose há cerca de três meses, o que justificaria a ida a São Paulo. A presença do prefeito criaria a imagem de filho amoroso e preocupado com o pai.
O segundo ponto a ser atingido é exatamente a imagem de fraco que vem sendo construída por Holandinha; fraqueza que faz do pai o prefeito de fato, mandando e desmandando na prefeitura no lugar do filho. Com a versão da doença de Holandão, tira-se esta carga do prefeito e tenta-se vender a ideia de que é Holandinha quem manda.
Mas não é de hoje que o prefeito sofre com a pressão da vida pública exigida pelo pai, que sonhou ser prefeito, não conseguiu, e viu no filho a chance de chegar ao poder.
Desde quando era vereador, Holandinha sofre com as pressões da política e, por vezes, decide isolar-se em casa. Foi assim também em sua passagem na Câmara Federal, onde teve atuação abaixo da discrição.
Durante a campanha de 2012, o caso quase veio á tona, quando o então prefeito João Castelo (PSDB) revelou que Holandinha faltou a quase 80% das sessões da Câmara Municipal. O assunto não teve maior repercussão por que o tucano fora alertado que as ausências do então vereador se davam exatamente no períodos de pânico e isolamento.
Agora, no posto de prefeito, o jovem Holandinha viu esta pressão decuplicar e não resistiu.
Espera-se que possa se recuperar e tocar o governo para o qual fora eleito.
Mas ele próprio, não o pai…