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Alunos sem aula e sem leite na escola. Isto é a revolução na educação?

Jornalista Batista Matos diz que comissão irá pedir explicações ao município sobre o porque da diminuição das horas aulas e do programa do leite

Uma comissão de pais de alunos do município, liderada pelo jornalista João Batista Matos, busca explicações da prefeitura de São Luís sobre quando a Secretaria de Educação (Semed) irá regularizar a situação dos milhares de alunos que tiveram a diminuição das horas aulas semanais em suas escolas, devido ao cumprimento da lei 11.738, que estabelece que a carga horaria máxima dos professores com os estudantes seja de 2/3 de sua jornada de trabalho e os outros 1/3 seja para atividades de planejamento e estudo.

A comissão também quer explicações sobre a paralisação do programa Leite na Escola, suspenso há quase um ano.

Há escolas em que os alunos deveriam sair as 11h30 e estão saindo às 10h. As diretorias das escolas explicam que é para garantir o tempo que é destinado por lei para os professores terem seu horário para planejamento e estudo. Ocorre que a Semed deveria contratar mais professores para suprir esta lacuna que tem prejudicado milhares de alunos – explicou Batista Matos.

Pai de três alunos em uma escola do município, Fredson Ferreira disse que no primeiro semestre os alunos saiam mais cedo duas vezes na semana, mas que agora estão sendo liberados mais cedo três vezes.

Quem vai suprir este prejuízo lá na frente? Se somar até o final do ano terão sido dezenas de horas sem aproveitamento e isso é incalculável no aprendizado dos meus filhos – reclama.

LEITE NA ESCOLA
Batista Matos diz que pais e alunos de escolas municipais tem reclamado também da suspensão do programa Leite na Escola, que já dura quase um ano.

É bem verdade que o programa foi suspenso no final do ano letivo de 2012, ainda na gestão passada, mas no início deste ano a secretária de Segurança Alimentar, Fátima Ribeiro, disse que ele seria retomado logo que recomeçasse o ano letivo de 2013, mas o programa segue suspenso. Esta comissão que criamos manifesta com certeza o desejo de todos os pais e alunos do município quanto a regularização das horas aula e o retorno imediato do programa do leite – observou.

NÚMEROS
Até o ano passado, a distribuição do leite em pó integral era dividida por núcleos, beneficiando alunos das escolas municipais localizadas nas regiões urbana e rural de São Luís, num total de 89.112 estudantes da Rede de Ensino. Eram sete núcleos educacionais, sendo seis localizados na região urbana e um núcleo na Zona Rural da capital, compreendendo um total de 91 escolas e 58 anexos, além das 129 creches conveniadas à Prefeitura de São Luís, o que totalizava 104 mil estudantes beneficiados.

Coordenado pelas secretarias municipais de Segurança Alimentar (Semsa) e de Educação (Semed), o programa tinha como metas principais a redução de evasão escolar e proporcionar aos alunos das escolas municipais uma alimentação nutritiva e saudável. O estudante que tivesse até três faltas durante o mês, ficava impossibilitado de receber o complemento alimentar, caso não justificasse a ausência em sala de aula.

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