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Projeto de Flávio Dino é pessoal, não de grupo…

pelo menos 90% dos presentes nesta foto já se afastou de Flávio Dino

O momento vivido pela oposição no Maranhão evidencia mais claramente um aspecto do perfil dos dois principais projetos de poder para 2014.

Enquanto o chefão comunista Flávio Dino capitaneia um projeto pessoal, de si para si, tentando arregimentar um grupo em torno deste projeto, Luís Fernando Silva (PMDB) representa – gostem ou não os adversários – um projeto de grupo, que parte de uma decisão de grupo.

O comunista é candidato desde 2010, e nem cogita abrir mão disso. Foi a partir deste projeto pessoal que ele construiu seu discurso ao longo dos últimos quatro anos.

Discursos do tipo “nós contra eles” ou “quem não é por mim, será contra mim”.

O problema deste tipo de projeto é que quase sempre desagrega. E a oposição vive exatamente momento de desagregação por conta das eleições de 2014.

O chefão comunista não consegue convencer lideranças consolidadas ou emergentes, como Eliziane Gama (PPS), Hilton Gonçalo (PDT) e Domingos Dutra (PT). Jamais inspirou confiança em outros como Roberto Rocha (PSB), Igor Lago (ex-PDT), Ribamar Alves (PSB) e Chico Leitoa (PDT).

São oposicionistas que até podem admitir que, hoje, o Dino tem melhor desempenho eleitoral, mas acham que, nem assim, ele tenha cacife para se considerar hegemônico.

Por isso se movimentam em faixa própria, a despeito da vontade do chefe comunista, que tenta unir todos num mesmo bloco, sem, no entanto, convencê-los de que este é o melhor caminho.

Luís Fernando Silva: garantia de apoio de grupo

O projeto de Luís Fernando é totalmente diferente, por isso consegue agregar pensamentos distintos.

O pré-candidato do PMDB é uma escolha da governadora Roseana Sarney, mas ela nunca quis impô-la de qualquer jeito. Tanto que o secretário só assumiu a pré-candidatura quando recebeu o aval do ministro Edison Lobão (PMDB), embora já contando com o apoio das demais lideranças do grupo.

Antes de sair a campo como pré-candidato, Luís Fernando Silva foi buscar o apoio do ex-presidente José Sarney (PMDB). Depois, buscou se consolidar entre lideranças como João Alberto de Souza, Ricardo Murad, Gastão Vieira, Arnaldo Melo e Manoel Ribeiro.

Ao mesmo tempo, correu atrás de prefeitos e lideranças do interior – do governo e da oposição.

Mas faltava os Lobão, apoio que veio em julho, selando a candidatura do secretário.

Com sólido apoio de grupo, consolidado em um projeto de grupo, Luís Fernando começa agora a se consolidar eleitoralmente, crescendo pesquisa após pesquisa na preferência do eleitorado.

Fato só possível por causa do suporte estrutural que recebe, não por que ele decidiu ser candidato de si para si.

E esta é a grande diferença na hora dos vamos ver…

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