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Igor Lago defende candidatura de Eliziane Gama e critica “messianismo” de Flávio Dino…

Igor Lago, críticas a Dino e defesa de Eliziane

O médico Igor Lago, ex-presidente do PDT e filho do ex-governador Jackson Lago (PDT) criticou duramente, em artigo publicado no fim de semana, a postura messiânica e a tentativa de hegemonia oposicionista do chefão comunista Flávio Dino.

– Pior, esse mesmo grupo oposicionista tenta se impor aos outros e a todos como a única solução, o único caminho, a única via para se conquistar a alternância de poder no nosso estado. Assim, optam pela estratégia de um tosco salvacionismo, um barato messianismo com o ungido já “escolhido e eleito”, conforme percebemos nos espaços midiáticos tradicionais e alternativos. Ai de quem se atreva a pensar, falar e escrever diferente! Quando surge algum texto, ideia ou palavra discordante, atiram as pedras e soltam os cachorros para inibir ou calar aos poucos desinibidos. É o que temos assistido, o que não é nada mais que um comportamento pouco afeito à democracia e típico dos autoritários – disse Lago.

No mesmo antigo, o ex-pedetista defendeu a candidatura da deputada Eliziane Gama (PPS), que ele vê ainda amarrada por uma camisa de força colocada pelos mesmos setores oposicionistas que tentam impor o nome de Dino.

– Devemos ver com bons olhos, e torcer muito, para que a pré-candidatura ao governo da deputada estadual Eliziane Gama (PPS) consiga superar todos esses obstáculos e sensibilizar parte das oposições. A tarefa não é simples e pequena. A camisa de força está aí, no nosso dia-a-dia. Cabe a todos nós, que pensamos diferente, ajudar a tirá-la – afirmou.

Em nenhuma parte do artigo Igor Lago cita o nome de Flávio Dino. Mas as críticas direcionadas a ele ficam evidentes diante dos argumentos apresentados pelo filho de Jackson Lago.

No artigo, o médico lembra da atitude do chefão comunista – que agora prega unidade das oposições – nas eleições de 2010, quando, além de sair candidato, negando a possibilidade de unidade, ainda atacou Jackson durante toda a campanha, inviabilizando a candidatura do pedetista.

– Em 2010, quando havia uma forte razão para que esta [unidade] acontecesse – a cassação do mandato legítimo de um governador oposicionista -, os interesses de grupo e pessoais prevaleceram e, durante a campanha eleitoral, o comportamento desleal de um setor para com um outro acabou provocando a não realização do segundo turno. Uma oposição desgastou a outra, representada pelo ex-governador Jackson Lago, até o dia da eleição, o que fez com que muitos eleitores deixassem de votar, votassem em branco ou nulo – refletiu.

Para Igor Lago, a presença de outros nome no debate sucessório de 2014 é salutar para o Maranhão – ao contrário do que pregou Marcelo Tavares (PSB), aliado de Dino.

E conclui o médico:

– O debate, a diferença, o pluralismo, a tolerância e a transparência devemos sempre preservar, principalmente num país cujas instituições estão ameaçadas pela corrupção e pelo distanciamento de seus políticos e a sociedade.

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