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Não se faz mudança cooptando os setores do atraso no estado

cabide de cooptadosPor Itevaldo Júnior

Quando leio e ouço que assistimos ao fim de um ciclo político no Maranhão, às vezes sorrio. Não é um riso cético. É que cada vez mais enxergo o lado A e B como imagens sobrepostas.

Em seguida, vêm quatro indagações: se existe um novo ciclo em gestação quais seriam os novos atores? Quais são as novas forças políticas? Quais são as novas ideias? Quem organiza o debate de ideias?

Quando o lado que se quer mais novo ensaia responder as questões anteriores, a sobreposição os torna ainda mais semelhantes. Basta olharmos para alguns dos personagens.

Nesta semana, no twitter respondi a uma provocação de um amigo que é do “novo”, com a seguinte assertiva: erram aqueles que creem que o jogo político maranhense só se desembrulha pela via da cooptação dos setores mais atrasados do estado.

A cooptação e gestão de setores do atraso no estado são uma, entre tantas, das verossimilhanças entre o lado A e B.

O clima de debate que ensaiam é o da bola parada. Você é isso ou aquilo. Se você não está comigo, é contra mim. Daí quando tentam ir ao jogo é só chutão. No chutão o jogo se dá na baixíssima política.

Nesse cenário de vazio – ou se preferir de bola parada e canelada – uma possibilidade seria deslocar o embate político para: mais a esquerda. Mas, quem seriam os atores desse deslocamento? Quem?

Se fosse à direita não seria difícil saber, bastava sobrepor as imagens do lado A e do lado B.

Marco Aurélio D'Eça

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