O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) usa um sofisma barato e cretino quando quer envolver os incautos em seus projetos pessoais: o de que se sacrificou pelo projeto da oposição nas eleições de 2006 – ao, supostamente, abrir mão de disputar uma vaga no Senado.
Com este discurso – usado novamente em seu mais recente artigo – Tavares tenta parecer altruísta aos olhos do eleitorado. Tenta também emparedar os oposicionistas.
Mas tudo não passa de uma grande mentira do ex-governador.
José Reinaldo não se sacrificou coisa alguma. Ele não disputou o Senado simplesmente por que não poderia disputar – a menos que quisesse entregar o governo ao seu vice, Jura Filho (PMDB).
Quem acompanha a política maranhense sabe que José Reinaldo de tudo fez para tentar convencer Jura Filho a abrir mão do cargo de vice, em troca da vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
Seu desejo era deixar o governo nas mãos do então presidente da Assembleia, João Evangelista (PSDB), aliado de primeira hora, para, assim, disputar a tão sonhada vaga no Senado.
Foi exatamente por ter o peemedebista como vice – que botaria seu projeto de vingança por água abaixo, caso assumisse o governo – que José Reinaldo foi obrigado a permanecer até o fim.
Só ficando no governo, mesmo sem desejar, poderia usar a máquina do governo em favor do seu consórcio de candidatos – e , principalmente, para eleger seu afilhado, Flávio Dino (PCdoB).
José Reinaldo Tavares não engana ninguém com este discurso de sacrificado.
Sacrificado, na verdade, foram os cofres públicos do Maranhão – em favor de Jackson Lago e Flávio Dino.
Foi o que mostrou a Justiça Eleitoral três anos depois…