A Carta Aberta divulgada ontem pelo Sindicato do Fisco Municipal, o SindifisMA, é uma espécie de atestado da ilegalidade cometida pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) com o dinheiro público de São Luís.
A coisa é simples e imoral: para garantir a presença do secretário-adjunto de Saúde, Israel Correia Pereira – trazido de Canaã dos Carajás (PA), juntamente com o titular da pasta, César Félix Diniz – Holandinha teve que garantir a ele emprego na capital maranhense também para a família.
E o que fez o prefeito, que deveria prezar pelo dinheiro público?
Holandinha simplesmente mandou nomear a mulher de Israel, Jusinete Silva Rodrigues, Superintendente de Fiscalização da Secretaria Municipal de Fazenda.
Segundo o SindifisMA, a mulher não tem qualquer experiência na área – e nem é sabido se é da área.
Para garantir emprego à mulher do seu importado, Holandinha não se importou em estar ferindo o Decreto nº 3.146, de 10/05/2007.
Também não se importou se estava cometendo caso clássico de Nepotismo em seu governo.
Aliás, absolutamente, Holandinha não se preocupa com nada.
Pouco importa para ele se a superintendente de Finanças da Saúde, Rosimary Marinho, seja condenada por peculato pelo Tribunal de Contas da União.
Pouco importa também se o novo secretário de Trânsito e Transporte, Carlos Rogério Araújo, seja condenado por improbidade administrativa no Tribunal de Contas do Estado.
O Holandinha que comete nepotismo na cara dos auditores fiscais não se importa com nada.
Não se importa, por exemplo, com o fato de seu assessor especial, Heron Rodrigues, ser marido da secretária de Planejamento e tio do superintendente da Secretaria de Obras.
E importa menos ainda que os três sejam donos do posto onde a prefeitura comprou combustível para seus veículos – superfaturado, segundo denúncias investigadas pela Superintendência de Investigações Criminais (Seic).
É este o Holandinha que pregou a mudança em São Luís.
Mudança que trouxe de Canaã dos Carajás, por exemplo…