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Crack: a droga dos mortos-vivos…

Parte das imagens que compõem este post trazem cenas de ficção do cinema. São sets do filme “A Noite dos Mortos-Vivos”.

A outra parte apresenta cenas reais, do dia-dia das grandes cidades brasileiras – incluindo São Luís – assoladas pela epidemia do crack.

Andar por uma área de cracolândia é como estar na cidade abandonada do filme que foi sucesso nos anos 80.

É um problema urgente, grave e ainda sem controle.

Pessoas que vagam dia e noite, alucinadas e famintas, seja pela rua Riachuelo no João Paulo, seja nos sinais do retorno da Forquilha, são como os zumbis que atacam os desavisados em busca de um pouco de qualquer coisa para aplacar  a dor de estar morto.

Os usuários de crack são mortos-vivos, e a sociedade precisa ter consciência disso.

Estão a vagar por que perderam a noção do que é estar vivo. Precisam de alimento para o corpo e para a alma.

E o problema não se resolverá apenas com os “rapas” rotineiros nas cracolândias da vida. Faltam políticas públicas efetivas para enfrentar o problema na base.

Falta o envolvimento de todos o setores – não só a segurança, mas a saúde e os serviços sociais de governos, ONGs, igrejas e sociedade civil organizada.

Os mortos-vivos do crack não desaparecerão apenas fechando o vidro fumê dos carros.

Também não deixarão de existir evitando-se a passagem pelos locais de concentração dos zumbis.

É preciso ter a consciência de que eles estão logo ali. E como no cinema, são capazes de se replicar, à medida que uma nova vítima sucumbe á necessidade do crack.

Acabar com o ciclo desde o seu nascedouro é a única forma de se livrar do terror.

É isso ou ficar isolado dentro de casa.

Com os zumbis à espreita, rondando a vizinhança…

Post publicado originalmente em 10 e maio de 2013; republicado devido ao novo debate nacional sobre o crack

 

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