A outra parte apresenta cenas reais, do dia-dia das grandes cidades brasileiras – incluindo São Luís – assoladas pela epidemia do crack.
Andar por uma área de cracolândia é como estar na cidade abandonada do filme que foi sucesso nos anos 80.
É um problema urgente, grave e ainda sem controle.
Os usuários de crack são mortos-vivos, e a sociedade precisa ter consciência disso.
Estão a vagar por que perderam a noção do que é estar vivo. Precisam de alimento para o corpo e para a alma.
Falta o envolvimento de todos o setores – não só a segurança, mas a saúde e os serviços sociais de governos, ONGs, igrejas e sociedade civil organizada.
Os mortos-vivos do crack não desaparecerão apenas fechando o vidro fumê dos carros.
É preciso ter a consciência de que eles estão logo ali. E como no cinema, são capazes de se replicar, à medida que uma nova vítima sucumbe á necessidade do crack.
Acabar com o ciclo desde o seu nascedouro é a única forma de se livrar do terror.
É isso ou ficar isolado dentro de casa.
Com os zumbis à espreita, rondando a vizinhança…
Post publicado originalmente em 10 e maio de 2013; republicado devido ao novo debate nacional sobre o crack