Mas começou tudo da mesma forma.
Abaixo, o depoimento do senhor James William Guimarães sobra a FELIS (Feira do Livro de São Luís), reproduzida no blog de Robert Lobato.
“FELIS”: percepções de um visitante inquieto
Poderia ser bem mais FELIZ a “FELIS”, este ultimo codinome dado a feira por seus organizadores atuais. Aos quais não atentaram ao real significado biológico da palavra formada, ou seja, felis é um gênero de mamíferos do grupo dos felídeos, constituído por seis espécies, incluindo o gato doméstico.
A ideia dos secretários de São Luis em dinamizar o Centro Histórico sazonalmente com feira do livro foi razoável a meu ver, pois o evento já é sucesso há muitos anos em nossa cidade.
Neste ano condensaram-na em pequenos espaços, onde os visitantes sentiam-se como sardinhas enlatadas. Um calor agonizante que impede os visitantes para uma rápida leitura nos “stands” ali montados. Mas, isso não é tudo.
Fiquei compadecido ao ver um grande escritor maranhense em um ambiente totalmente desfavorável e desconfortável a ele e aos que o prestigiavam. Num devido momento e ao qual eu presenciei, ele tentava respirar e sair um pouco do desconforto a que lhe submeteram, sem falar na falta de respeito a sua presença, pois ao mesmo tempo um grupo teatral fazia apresentação com gritos, euforia e batidas de tambores, enquanto pessoas adentravam ao auditório, outras tentavam entrar no cinema e algumas pessoas ligadas ao escritor tentavam aos berros, concentrar-se nas palestras. Um pandemônio!
Três eventos num só espaço “CENTRO DE CULTURA ODYLO COSTA FILHO”. Passei pouco mais de meia-hora na FELIS diante do desconforto e o escritor que já com aspecto cansado e certamente agoniado, ainda presenciou um bêbado que aos berros, xingou alguns “amigos(as)” seus da representação teatral (creio eu), e desrespeitando todos (as) que ali estavam me teve que ser retirado após balburdiar o quanto pôde. Deus nos livre se estivesse armado…
Enfim, passei apenas 30 minutos percorrendo a Feira e tentando me livrar de mais constrangimentos. Não comprei um livro sequer, não li, e fiquei penalizado pelos mínimos espaços reservados aos livreiros locais.
Aqui minha inquietação: se querem realmente dinamizar aquele espaço no Centro Histórico, por que não o fazer aos finais de semana, principalmente com autores e livreiros locais, disponibilizando e fazendo valer nossa rica cultura literária??
Consulte um Turismólogo…