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Juiz se declara impedido em processo de Marcão da Franere contra jornalistas…

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Marcão da Franere: gora investigado pelo MP

Um dia depois de o Tribunal de Justiça confirmar que existe uma investigação do Ministério Público contra o empresário Marcos Regadas – dando a ele acesso aos autos – o juiz  José Gonçalo de Souza Filho declarou-se impedido de julgar processo criminal  que Marcão move contra vários jornalistas – inclusive o titular deste blog – na 3ª Vara Criminal.

O juiz deu-se por impedido após duas audiências de conciliação e após absurda proposta do empresário, de impedir os jornalistas de tocar em seu nome “pelo resto da vida”, seja qual for o assunto, de bem ou de mal.

Marcão da Franere foi citado em uma carta assinada pelo empresário Júnior Bolinha, preso como agenciador da morte do jornalista Décio Sá, publicada com exclusividade neste blog e repercutida em outros sites.

Na carta, Bolinha acusa o empresário de ter participado da morte de Décio Sá.

O próprio Bolinha confirmou a autoria da carta em entrevista ao Jornal Pequeno, que apontou também a existência de outro alvo, o promotor Fernando Barreto.

VALENDO

A decisão do juiz Gonçalo (imagem: blog do Cardoso)

Primeiro, Regadas conseguiu na Justiça censurar os blogs, obrigando-os a retirar as matérias.

Em seguida,  decidiu processar os blogs – e não Bolinha – por calúnia e difamação, alegando, inclusive, não haver nenhuma investigação contra ele, apesar de o Ministério Público já ter aberto o procedimento investigatório.

Ao mesmo tempo em que tentou impor aos jornalistas que deixassem de falar em seu nome “pelo resto da vida”, Marcão tentou acesso ao autos no MP, o que lhe foi negado.

Recorreu ao TJ, que determinou o acesso.

No processo movido por Marcão, os jornalistas pediram, além da perícia na carta, o testemunho do próprio Júnior Bolinha, do deputado estadual Raimundo Cutrim e do promotor Fernando Barreto.

E não aceitaram o acordo de silêncio eterno em relação a Marcão – que impediria, inclusive, a publicação deste texto.

Agora o juiz Gonçalo decidiu declarar-se impedido de julgar o seu caso contra os jornalistas.

O processo será distribuído a um novo juiz…

Marco Aurélio D'Eça

8 Comments

  1. O depoimento mais esperado das oitivas de testemunhas do caso Décio Sá foi realizado na manhã desta quarta-feira (5/6). Um ano depois de ter sido preso, Jhonatan de Sousa Silva, de 25 anos, executor do jornalista falou em juízo sua versão dos fatos.

    Ele admitiu ter cometido o crime, disparando à queima roupa contra a vítima, em abril do ano passado, em troca da recompensa de R$ 100 mil prometida por outro acusado de envolvimento no crime, o empresário José Raimundo Alves Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”. Também revelou o nome de uma outro envolvido no crime. Marcos Antônio Souza Santos teria sido o condutor da moto que levou o executor até a barraca da Avenida Litorânea onde Décio Sá foi fatalmente alvejado, além de ter vendido a arma do crime a Jhonatan de Sousa Silva, por R$ 2 mil.

    Esse Marcos também seria o intermediador dos contatos entre o autor dos disparos e Júnior Bolinha, e teria dividido o valor que chegou a ser pago pelo serviço encomendado. Nos autos do processo, Marcos foi identificado como ‘Neguinho Barrão’, e conheceu Jhonatan em 2010, em Santa Inês.

    Acusados não teriam participação em planejamento do crime
    Jhonatan afirmou que teve vários encontros com Júnior Bolinha, e que chegou a pensar em matar o empresário, já que ele teria prometido R$ 200 mil pelas mortes de Décio Sá e do empresário Fábio Brasil, assassinado em Teresina, um mês antes do jornalista, mas pagou apenas R$ 24 mil.

    Por esse motivo, e para tornar mais convincente o envolvimento de Bolinha na trama, Jhonatan confessou que incluiu, no próprio depoimento à polícia, os nomes de diversas pessoas mencionadas pelo empresário em conversas que tiveram, e que integrariam seu círculo de relações de amizade ou profissionais. Tais nomes, que Jhonatan informou não terem participado do plano de matar Décio Sá, seriam de três outros réus do processo – o capitão da Polícia Militar (PM) Fábio Aurélio Saraiva Silva, o “Fábio Capita”, os empresários Gláucio Alencar Pontes Carvalho e José de Alencar Miranda Carvalho, pai de Gláucio Alencar -, além do deputado estadual Raimundo Cutrim.

    Sobre o também acusado Fábio Aurélio do Lago Silva, o “Bochecha”, Jhonatan de Sousa Silva disse não recordar se citou o nome dele nas oitivas iniciais da investigação, em vista de se encontrar sob forte pressão dos delegados a quem prestou depoimento, tendo muitas vezes admitido informações sugeridas para não sofrer represálias.

    Por fim, o executor disse estar arrependido de ter executado Décio Sá, em vista do sofrimento que sabe ter causado a diversas pessoas, mas que pretende pagar pelos crimes que cometeu, e no futuro reconstruir a vida ao lado dos três filhos, com idades entre sete meses e dois anos.

  2. UÉ, ESSE JUIZ NÃO É EMPRESARIO, DONO DA ALVORADA MOTOS?

    Resp,: irmão do dono.

  3. Esse figurão acha que porque tem dinheiro pode tudo!!! Usaram bolinha como laranja a verdade tarda mas não falha… esta no primeiro depoimento do pistoleiro que tinha um ambientalista e um sindicalista marcado pra morrer e se bolinha foi acusado pelo pistoleiro no Maranhão é porque usaram o nome dele pra proteger alguém, e porque não acusaram bolinha no Piauí se os dois processo são os mesmo acusados???

  4. Só um detalhe acadêmico, decerto bobo: O juiz se deu por IMPEDIDO, por motivo de foro íntimo. Ora, o CPC, arts. 135, § único, prevê motivação de foro íntimo quando cuida de SUSPEIÇÃO e não de IMPEDIMENTO do juiz. Foro íntimo e suspeição tem a ver com motivação subjetiva. Impedimento tem a ver com motivação objetiva. Fica a dúvida: afinal, ele se deu por impedido ou por suspeito?

    Resp.; O extrato da decisão tá publicada no blog. Leia.

  5. Junior Bolinha é acusado de ser o “empreiteiro” da morte de Décio Sá. Investigado teve a prisão preventiva requerida e deferida. Bolinha nega veementemente qualquer participação no homicídio de Décio Sá.

    No ergástulo(prisão) há 1 ano, resolveu publicar a poucos dias carta denúncia, em que aponta o empresário Marcos Regadas como principal mandante do bárbaro crime que ceifou a vida de Décio Sá.

    A carta de Junior Bolinha lembra o conto, “A Carta Roubada” de Edgar Alan Poe. No conto, um delegado de polícia não consegue solucionar o furto de uma carta que compromete a honra da rainha e reino.

    Um tarimbado investigador visita o ladrão, com base na evidência encontra a carta roubada e a furta. O ladrão colocara a “res furtiva”(objeto do furto) as claras para confundir o raciocínio de todos.

    Junior Bolinha é um destes mentirosos profissionais que circulam nos ambientes sociais/marginais. O tipo é perceptível pela engenhosidade como aufere vantagens(171) nas suas relações de vida.

    A vida de Junior Bolinha foi construída com mentiras, falcatruas, roubos, furtos, golpes. Décio Sá foi o responsável pelo descrédito público deste “Pinóquio”, com denúncias que lhe arruinaram os negócios fraudulentos.

    O estudo das mentes doentes(psicopatias) permite entender os mecanismos destes delinquentes ao racionalizar(justificar), criando “álibis perfeitos”. O tempo na enxovia(prisão) é a “oficina do diabo”(mente desocupada).

    A carta de Bolinha tem seus senões, como canta Waldick Soriano. “Renunciar seria a solução// mas não apagaria de nossas almas cruel paixão”. Tem gente como Junior Bolinha que usa a imaginação para o mal.

    Dostoiévski(Crime Castigo), Edgar Alan Poe(a Carta Roubada) , Franz Kafka( O Processo) mostram como a imaginação pode servir a humanidade, alertando pela ficção as perversões que habitam o ser humano.

    A vida imita a arte. A morte de Décio Sá virou novela. Quem matou Odete Roitmam. Quem matou Décio Sá foi Jonathan Sousa e Silva. Quem mandou matar? Não tenho dúvida, essa carta é uma “roubada”.

  6. Será que o agente “Secretário de insegurança” investigou o empresário ou fez um acordo para a campanha?
    A cada dia fica mais evidente as falhas e os direcionamentos dessa investigação.
    O que se nota, claro que de forma externa, pois não sou policial, somente um cidadão que acompanha as noticias. É o despreparo do Secretário e o ódio pessoal que este tem pelo Deputado Cutrim.
    Será por qual motivo? É a pergunta que me faço.

  7. Esse cara se acha acima do bem e do mal para não querer que se toque em seu nome. Onde fica a liberdade de expressão dos jornalistas?
    Ele quer se apropriar das terras, controlar a justiça e amordaçar o jornalismo. Quanta cara-de-pau.

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