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MP repudia declarações da prefeita de Açailândia…

Gleide Santos acusou promotores e juízes de montar complô contra ela, afirmou que  “meia-dúzia de políticos ficam usando promotor” e disse que o juiz do município “dá importância” pra “fuxico”

 

Reprodução de capa de jornal com declarações de prefeita

O Ministério Público Estadual emitiu nota, assinada pela procuradora-geral de Justiça, Regina Lúcia Almeida Rocha, e pelo presidente da Associação do Ministério Público, José Augusto Cutrim Gomes, em repúdio às declarações da prefeita de Açailândia, Gleide Santos (PMDB).

Em entrevista à rádio Marconi FM, Gleide Santos acusou o Ministério Público e o Judiciário de fazer complô contra sua administração. Ela também acusou os promotores de querer administrar a cidade em seu lugar.

Tanto a procuradora-geral quanto o presidente da Ampem consideraram as afirmações desrespeitosas e agressivas.

– A atuação dos membros do Ministério Público do Maranhão se dá de maneira apartidária, não importando a filiação política de qualquer cidadão que seja investigado ou processado e, portanto, independentemente de estarem vinculados a grupos políticos da situação ou oposição, tanto na esfera estadual quanto nas municipais – afirmou a nota.

Acusada de várias irregularidades e denunciada em várias frentes, Gleide Santos classificou de “fuxico” as denúncias contra ela e afirmou que políticos  estariam por trás dos promotores que oferecem as denúncias.

– Não posso admitir que meia dúzia de políticos fiquem usando o promotor e juiz pra fazer fuxico contra mim; juiz, que tem a obrigação de defender o senso comum, dá importância pra isso? – questionou a prefeita.

Para o Ministério Público, são afrontas da prefeita de Açailândia, que devem ser rechaçadas.

– A sociedade maranhense, que demonstrou confiança no Ministério Público ao defender a Instituição quando da rejeição da PEC 37 no Congresso Nacional, pode ter certeza que a atuação dos seus membros continuará firme e imparcial, e mesmo com ataques dessa natureza, com o intuito de desacreditá-la, os promotores de justiça de Açailândia e a procuradora-geral de justiça permanecerão atuando de maneira incisiva e legal, propondo as ações cabíveis e produzindo, pelos meios legais, as provas necessárias para tanto, ainda que esta postura institucional provoque reações descabidas como a que aconteceu neste caso – conclui a nota do Ministério Público. (Leia a íntegra aqui)

O Tribunal de Justiça e a Associação de Magistrados ainda não se manifestaram sobre as acusações de Gleide Santos…

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