O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) já conversou com o pai, Edivaldo Holanda; com o vice-prefeito Roberto Rocha (PSB), e com o secretário-geral do PDT, Weverton Rocha (PDT), sobre a decisão de tirar o jornalista Márcio Jerry da secretaria de Comunicação do seu governo.
De todos, ouviu a mesma resposta: se Jerry cria problemas, afaste-o; e se Flávio não gostar, ele que assuma o rompimento.
Mas Holandinha teme exatamente isso: o rompimento do chefão comunista Flávio Dino.
O prefeito tem ouvido queixas de auxiliares e aliados sobre a postura do secretário de Comunicação. Jerry pouco se importa com o trabalho na prefeitura e está totalmente voltado para a campanha de Flávio Dino, dizem os auxiliares de Holandinha.
Mesmo um pequeno banner de divulgação de ações de algumas pastas é negligenciado pela Seconzinha.
O secretário de Comunicação também não se dá com a maior parte dos colegas de secretariado, sobretudo aqueles mais próximos do gabinete principal do Palácio La Ravardiere – e é antipatizado no seio familiar do prefeito.
Justamente com base no argumento de que o auxiliar comunista deve seguir o seu chefe a partir de janeiro, na campanha eleitoral, é que o prefeito tenta convencê-lo a deixar o posto sem maiores traumas.
O problema é que Jerry quer sair deixando como substituto exatamente o seu adjunto, Robson Paz, outro comunista com forte ligação com Flávio Dino.
Sabendo que precisa recuperar a imagem desgastada neste primeiro ano de gestão, Holandinha quer no posto alguém mais identificado com o seu próprio projeto administrativo, e não com a proposta eleitoral da oposição.
Ele quer alguém querido entre os secretários – e sobretudo pela família do prefeito – e que se relacione bem com todos os setores da imprensa.
Mas sabe que isto desagrada o chefão comunista, que se acha dono de sua eleição e pode tachá-lo de traidor, caso afaste seus pupilos.
E mais uma pecha negativa é o que Holandinha não precisa neste momento…