E por que este cheque estava em poder de um deputado estadual, que o repassou a empresa por não ter recebido o valor nominal do próprio Pereirinha?
E em que circunstâncias este deputado estadual teria dinheiro a receber da Câmara?
Estas perguntas, que certamente serão feitas pela polícia maranhense à ex-gerente do Bradesco Raimunda Célia de Abreu, poderão esclarecer como funcionava o esquema de agiotagem e empréstimos irregularidades envolvendo a Câmara e o banco onde ela trabalhava.
O cheque em questão é o fio da meada para se chegar ao escândalo.
Mas se quiser esclarecer mesmo toda a história – e não apenas encontrar um bode expiatório para o caso – a polícia maranhense precisa ouvir não só a ex-gerente, mas também o deputado, a empreiteira e o presidente da Câmara Municipal.
E certamente descobrirá o grau de irresponsabilidade que os gestores públicos – e aqueles que deveriam fiscalizá-los – têm com o dinheiro do contribuinte.
Dinheiro usado abertamente em mesas de agiotagem em casas legislativas, prefeituras e até tribunais.
É esperar pra ver…