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Sobre arrogâncias e funerais

Por Robert Lobato

Faz uma semana que São Luis tem um novo cartão postal.

Nada muito criativo ou confortável para a população ludovicense ou mesmo prazeroso para os turistas aproximarem-se do “monumento” e tirar algumas fotos.

Trata-se de uma cartão postal fúnebre, macabro, no melhor estilo dos filmes de terror do nosso genial José Mujica Marins, o “Zé do Caixão”.

Falo do caixão de defunto que foi colocado em frente da sede da Prefeitura de São Luis como forma de protesto contra a situação de penúrias que enfrentam o servidores cooperados e terceirizados da Multicoper, que prestam serviço para o município.

A pergunta é: por que carga d’águas a prefeitura não retira a urna funerária da porta do Palácio La Ravadiére? Estão esperando que Fábio Câmara, Ricardo Murad, João Alberto, Roberto Costa, Roseana ou quaisquer outras personalidade do PMDB o façam? É isso?

Nada a ver. Ali há, goste-se ou não, concorde-se ou não com a forma, um protesto, uma manifestação democrática ainda que de gosto duvidoso.

Não conheço caso algum onde um manifestante se arrependa do seu protesto e vá retirar o trambolho que fez.

No caso específico do caixão, quem deve removê-lo da porta da sede da prefeitura é algum órgão municipal. Não interessa se é a Blitz Urbana, a Guarda Municipal, a Coliseu, o senhor George Bezerra ou seja lá quem for, mas cabe ao poder público municipal dar cabo aquele “cartão postal”. A não ser que tenha gente dentro do governo Edivaldo Júnior adorando ver o caixão…

O fato é que ao continuar aceitando que o tal caixão siga servindo de cartão postal de São Luis, a prefeitura dá demonstração de arrogância diante de uma situação que só quem perde é a administração Edivaldo Holanda.

É a opinião do Blog do Robert Lobato.

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