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De como os fatores político-eleitorais influenciam as histórias sobre Pedrinhas…

A PM emPedrinhas: garantia de disciplina

É claro que a situação no Complexo Penitenciário de Pedrinhas beirava o caos até sábado, quando a governadora Roseana Sarney (PMDB) decidiu impor a presença da Polícia Militar no local.

Mas é evidente, também, que muitas das “notícias” e “denúncias” sobre os presídios têm uma estranha relação com os interesses políticos e eleitorais da oposição maranhense, comandada pelo chefão comunista Flávio Dino.

E, neste aspectos, juízes, advogados e mídia – ligada ou não ao Dino – acabam por cometer graves injustiças e até erros primários, como o vídeo do rapaz com a perna escalpelada por acidente de trânsito, divulgado erradamente – ou intencionalmente? – como se fosse de um presidiário.

É preciso analisar as circunstâncias temporal e midiática das “denúncias” para poder fazer o elo entre elas e os interesses do chefão comunista.

Em primeiro lugar, não é de hoje a situação vivida por Pedrinhas. Aliás, muito dos problemas foram gerados por decisões equivocadas dos próprios juízes que agora cobram resultados. Mas nunca tiveram tanto espaço na mídia como agora, na entressafra jornalística  de fim de ano.

O caos na mídia: mentiras e vaidades na cobertura (imagem: blog do Domingos Costa)

É preciso também entender o histórico ideológico dos responsáveis pelas cobranças e doas atores do episódio.

Por trás de tudo estão os membros da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Antonio Pedrosa e Rafael Silva. O primeiro já é conhecido pro sua postura racista, preconceituosa e pró-Flávio Dino. O mais novo, é anti-Sarney assumido e agitador contumaz, ligado aos movimentos supostamente de esquerda.

Teria partido de Silva, inclusive, a covarde e irresponsável denúncia sobre estupros em Pedrinhas, exibida na grande mídia e retirada sem explicações, após ser desmascarada pelas autoridades – e até por criminosos.

A mídia e seus interesses
Mas há uma explicação para a história do estupro.

Era preciso criar na população e na mídia o interesse pelas histórias de Pedrinhas. Enquanto apenas criminosos se matavam numa guerra odienta, seria difícil ter o apoio da sociedade, já que, no senso comum, impera a máxima de que “bandido bom é bandido morto”.

Foi então que se inventou a história do estupro – com a ameaça adicional de que a prática poderia ganhar as ruas. Felizmente a covardia foi desmascarada a tempo, quando a própria mídia percebeu o equívoco que se seria dar asas a mentiras como esta.

Curiosamente, as denúncias geradas em Pedrinhas vão primeiro para Josias de Souza, repórter da Folha de S. Paulo assumidamente antipático ao senador José Sarney e dinista  empedernido.

Neste ponto, os “denunciantes” se aproveitaram também de um outro aspecto da imprensa: juntaram a necessidade quase patológica que têm os repórteres de TV maranhense de aparecer em rede nacional com a entressafra de notícias do fim de ano para, assim,  atrair para a cobertura as grandes emissoras – Rede Globo entre elas.

O juiz Douglas Martins em Pedrinhas: erros e acertos

Justiça e ideologia
Mas há que se falar também dos juízes Roberto de Paula e Douglas Martins.

Sem entrar no mérito da qualidade técnica, da honestidade e da competência dos dois magistrados, não se pode abstrair de suas atuações as características ideológicas, as mesmas de Flávio Dino.

De Paula foi membro do PSB maranhense e advogado militante na área rural. Atuou fortemente na política de esquerda até ser aprovado no concurso para juiz. Martins foi sindicalista na área metalúrgica e militante de movimento estudantil de esquerda. Hoje, atua no Conselho Nacional de Justiça – de onde o próprio Flávio Dino já foi secretário-geral.

Cita-se estes dados como idiossincrasias, sem as quais não se concebe a formação dos valores individuais. Características que, queiram ou não, influenciam em cada decisão pessoal.

E esta influência não exclui nem mesmo juízes, que antes de magistrados, são seres humanos passíveis de influências, indignações e falhas.

E foi assim, com toda esta combinação social, ideológica, midiática  e de vaidades pessoais que se acionou o estopim que detonou o barril de pólvora que era o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Os estilhaços desta explosão – formado de verdades, equívocos e mentiras – só se espalharam por que o Sistema de Segurança negligenciou a bomba armada que tinha sobre a mesa.

E deu no que deu…

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