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Almir Macêdo é acusado de ameaçar manifestantes acampados em frente à Prefeitura

Representantes dos 1.100 ex-funcionários da empresa Multicooper que continuam acampados em frente à Prefeitura de São Luís acusam o delegado de Polícia Civil, Almir Macêdo de coagir manifestantes e ameaçar tocar fogo no caixão colocado por eles próprios próximo à entrada da Prefeitura, como forma de chamar a atenção do poder público.

Na noite dessa sexta-feira (10), enquanto debatiam as propostas, os manifestantes teriam sido surpreendidos por Macêdo numa caminhonete, que, de forma truculenta, teria descido do veículo e puxado um cartaz com a foto do prefeito que estava em cima da urna funerária.

Ele ainda questionou os manifestantes se o caixão era do prefeito e ainda fez ameaças na presença de várias testemunhas.

Quero saber se esse caixão é do prefeito [Edivaldo Júnior], se for é melhor se preparem, pois vou enviar 20 homens para tocar fogo e metralhar todos que participam deste ato – disse o delegado, segundo os manifestantes.

O protesto segue de forma pacífica. No mês de dezembro, os manifestantes lançaram uma carta com informações sobre o velório e enterro simbólico que realizam. Segundo eles, o protesto longe de ser um presságio de mau agouro ou ato ofensivo e desrespeitoso ao prefeito, precisa ser entendido como sendo um convite à sua reflexão sobre o falecimento de um homem, um jovem que personificou a esperança de uma mudança e de uma renovação que foi prometida e que não aconteceu.

Não velamos uma morte física, Não! Nesse caixão está sendo velado tudo que transformou a campanha da mudança num grande estelionato eleitoral. Na urna funerária jaz o bilhete único; as sub prefeituras; as secretarias de juventude e de geração de renda; o carnaval de passarela; as centenas de dias letivos não ministrados em 2013; o programa do bom leite, da merenda e do fardamento escolar; os cursinhos pré universitários; os falecidos sistemas de saúde e de transportes da capital – diz trecho do documento.

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