Cassado por crime eleitoral, o vereador Beto Castro (PRTB) tem a situação praticamente irreversível no Tribunal Regional Eleitoral.
Mesmo assim, ele se movimenta intensamente nos bastidores para tentar mudar pelo menos um voto, o que garantiria o empate que, na sua avaliação abriria possibilidade para uma mudança de posição do TRE.
Na prática, com os embargos de declaração que devem ser julgados nesta terça-feira (28), Beto Castro pretende que o TRE mude sua própria decisão, fato inédito na história da Justiça Eleitoral.
No julgamento do mérito, em dezembro, quatro juízes entenderam que o crime de falsificação de documentos cometido por Castro influenciou na sua eleição e decidiram cassar o seu mandato. Outros dois votaram a seu favor.
Nos embargos, ele quer agora que algum destes quatro juízes entendam diferente e mude o voto.
Dos atuais membros, apenas Daniel Blume e Eduardo Moreira, que representam a OAB-MA na Corte Eleitoral, não votaram no julgamento de dezembro. Blume, inclusive, substitui exatamente o relator do caso, Sérgio Muniz, que deixou o TRE logo após este julgamento.
E a pressão de Castro é exatamente sobre os novatos.
Como nem Blume nem Moreira votaram em dezembro, podem, em tese, ter entendimento diferente, o que mudaria o placar pra três a três.
E o voto de desempate passaria a ser do presidente da Corte, Froz Sobrinho.
É aguardar e conferir…