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Da obediência à escala de prioridades

O Ministério Público faz recomendações a órgãos públicos no intuito de regularizar algum tipo de situação que fere a lei. Assim, o MP maranhense já fez muitas vezes com a prefeitura.

Em relação ao caso do Pirata, o MP recomendou à prefeitura que fosse retirado do local o fusca no qual este morava há 03 anos. Como afirmou anteriormente este blog, foi uma recomendação e não uma determinação, portanto a SMTT poderia muito bem não ter dado ouvidos ao promotor.

Contudo, caso não acatasse a decisão, poderia responder por improbidade administrativa.

Ok. Até aí tudo bem.

A prefeitura se preocupou em cumprir a recomendação para não responder na justiça, fez algo de acordo com a lei, apesar de deveras triste.

Já que a prefeitura cumpre tão bem recomendações do Ministério Público, vamos às seguintes questões:

A mais importante delas é em relação aos vários ônibus velhos e sucateados da capital.

Tanto o promotor Cláudio Guimarães quanto a SMTT não dão a mínima para a fiscalização disso, que é uma das maiores imoralidades vividas pelo cidadão de São Luís: ônibus que não atendem ao contingente populacional e, por isso, trafegam com a capacidade acima do normal.

Estas são algumas das tantas situações ridículas vividas pelo ludovicense no trânsito de São Luís.

Além da SMTT, a secretaria municipal de Saúde acaba entrando na roda de discussão.

A primeira porque já recebeu várias recomendações do MP para que resolvesse o problema da falta de medicamentos, comida, equipamentos e materiais de consumo no Socorrão II. A saúde, como todos sabem, é um grave problema da capital.

Então, se a prefeitura é cumpridora de seus deveres, porque não fez aquilo que foi recomendado? E mais, porque a mesma secretaria não responde por improbidade administrativa?

Nas redes sociais, campanhas imperam e muitos fogem da razão e não sabem quem de fato acusar, mas tudo isto é fruto, ainda que inscientemente, da sensação de inoperância de alguns setores da prefeitura.

Querem cumprir a lei? Pois que seja na íntegra, naquilo que mais interessa ao bem estar público. Do contrário acaba, sim, virando injustiça, por mais que se esteja cumprindo a lei.

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