Claudicância do grupo Sarney e jogo de interesses na Assembleia e entre lideranças aliadas à governadora Roseana potencializa as chances de Dino vencer a eleição, o que só poderá ser minimizado com uma eventual eleição indireta de Luis Fernando Silva
É óbvio que os aliados do chefão comunista Flávio Dino tentam manipular pesquisas de intenção de votos para inflar seus índices e tentar consolidar a imagem de imbatível nas próximas eleições.
Mas não se pode negar que ele seja o favorito na disputa; e esteja, de fato, bem à frente dos seus principais adversários.
Flávio Dino tem trunfos importantes nesta campanha – e se souber usá-los, tornará muito difícil a vida de quem pretenda vencê-lo em outubro.
O primeiro deles é o longo período do grupo Sarney no poder, que parece ter chegado ao limite do cansaço popular – a chamada “fadiga de material”, como define o líder socialista Marcelo Tavares.
Esta “fadiga”, pode ser compensada com a força da estrutura do grupo, que reúne o maior número de prefeitos, deputados e lideranças políticas no interior.
O problema é que o próprio grupo parece não ter certeza do que quer.
A pouco mais de sete meses da eleição, os principais luminares do grupo Sarney ainda questionam quanto à candidatura do secretário Luis Fernando Silva (PMDB).
Deputados, senadores e secretários põem todo tipo de dificuldade à hipótese de tê-lo como governador-tampão, concorrendo à reeleição no cargo – o que, sem dúvidas, fortaleceria sua candidatura.
Diante desta claudicância do grupo da governadora é que o chefão comunista navega, mesmo com toda a inabilidade política para lidar com situações eleitorais.
Flávio Dino tem todos os instrumentos para vencer as eleições de outubro, isto é fato.
E, por enquanto, só tem a si próprio como adversário…