É fato que a oposição já ofereceu à deputada Eliziane Gama (PPS) a vaga de candidata ao Senado na chapa a ser encabeçada pelo chefe comunista Flávio Dino.
Não se sabe como Dino resolverá a questão com o vice-prefeito Roberto Rocha (PSB), mas que os seus gentes sondaram a parlamentar, isto e um fato.
Sabe-se que a candidatura de senadora desperta interesse na deputada, mas ela ainda não se decidiu por que seu futuro político não se resume a um mandato parlamentar de oito anos.
Eliziane Gama tem condições plenas de chegar a um segundo turno nas eleições de governador – e isso as pesquisas mostram claramente. Mas, independentemente disto – e tanto o governo quanto a oposição sabem – ela está cacifada desde 2012 para o embate com o fraco prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) em São Luís.
E para ela, as duas eleições – 2014 e 2016 – estão amarradas.
Eliziane Gama pode até aceitar a proposta de disputar o Senado na chapa oposicionista, mas tem que ter a consciência de que isso significará o adiamento do seu sonho de ser prefeita de São Luís.
Se Flávio Dino ganhar o governo, seu candidato a prefeito será Edivaldo Holanda Júnior, pouco importando o seu desempenho à frente da prefeitura. E Eliziane estará impedida de enfrentá-los, por conta dos compromissos que terá firmado para ser senadora.
A menos que resolva sair por si, mas com a pecha de traidora e não cumpridora de compromissos.
A deputada do PPS não é uma política de grupo.
Ela tem carisma pessoal extraordinário, que poucas lideranças dispõem, mas não tem grupo.
Como ela, várias outras lideranças de carisma extraordinário – Cafeteira, Domingos Dutra… – surgiram no Maranhão, mesmo sem grupo.
E todos eles, mesmo assim, alcançaram patamares altíssimos na seara política.
Não seria diferente com Eliziane Gama…