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Começa a “desintrusão” da reserva Awá-Guajá…

Família se prepara para deixar casa em que viveu por anos, mesmo sem ter ainda para onde ir

Dois dias antes do prazo, o Exército começou ontem a retirar as famílias remanescentes da área que a Justiça Federal – baseada em relatório de uma antropóloga da Funai – entendeu pertencer a uma tribo nômade Awá-Guajá.

No total, 1,2 mil famílias foram retiradas da área em que vivam há anos.

As que estão sendo retiradas desde ontem pelo Exército foram as que não saíram por livre e espontânea vontade dentro do prazo dado pela Justiça.

O clima é tenso na região.

Homens do Exército pressionam famílias a deixar a região agora considerada indígena

Para o deputado federal Weverton Rocha (PDT), a ação é uma injustiça com as famílias.

– Uma ação como esta, inspirada em questão da Funai, serve apenas para tirar a paz destas mais de 1,2 mil famílias – lembrou o parlamentar.

Além de Weverton Rocha, apenas o deputado estadual Neto Evangelista (PSDB) discutiu o assunto publicamente.

A questão da reserva Awá-Guajá não foi agendada por nenhum órgão governamental e nem ganhou a pauta política dos candidatos a governador do estado.

As 1,2 mil famílias retiradas da área ainda não tem para onde ir, já que o Incra não definiu nova área de assentamento para recebê-las.

Na região ficarão cerca de 400 índios…

As imagens são da Fanpage de Weverton Rocha no facebook
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