Autor da decisão de retirada das famílias de lavradores, José Carlos Madeira sinalizou com possibilidade de rever decisão, mas apenas no caso de o Governo do Estado dar garantias para os indígenas
Os deputados federais Weverton Rocha (PDT/MA) e Luis Carlos Heinze (PP/RS) se reuniram, na tarde desta segunda-feira (24), com o juiz federal José Carlos Madeira para intermediar em prol das mais de seis mil pessoas ameaçadas de expulsão da terra indígena Awa-Guajá.
Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Heinze veioa São Luís para acompanhar o colega maranhense na busca de solução para o problema.
– Viemos fazer um apelo a favor destas centenas de famílias que moram há mais de 20 anos na localidade. Não podemos aceitar que a desintrusão seja concluída sem que estes trabalhadores sejam assistidos pelo poder público – disse Weverton.
Segundo dados repassados pela Secretaria-Geral da Presidência da República, a estimativa inicial era de que o processo de desintrusão custaria em torno de R$ 7 milhões aos cofres públicos.
– Com essa verba gasta nesta operação, seria possível reassentar todos estes agricultores – destacou o deputado.
Além dos parlamentares, o assessor jurídico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão (Faema), Émerson Galvão, participou da reunião com o juiz.
Neste domingo, o deputado denunciou que o processo de desintrusão da reserva indígena Awá-Guajá foi iniciado dois dias antes do prazo determinado pela Justiça.
A data para o início da desintrusão de cerca de 1.200 famílias que residem no local seria a partir desta segunda-feira (24), mas alguns dos pequenos agricultores já começaram a sair de suas casas no sábado passado.