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O passado e o presente na indireta da Assembleia…

Ricardo e Roseana: os efeitos de ontem começam a aparecer

A governadora Roseana Sarney (PMDB) enfrenta dificuldades para encontrar um bom termo entre ela e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), que lhe garanta deixar o governo para ser candidata ao Senado.

E o tempo começa a se esgotar.

Ela tem pouca margem para articulação: ou fica no governo para trabalhar pela candidatura de Luis Fernando Silva (PMDB), ou sai para ser candidata ao Senado, inviabilizando o projeto governamental.

Arnaldo Melo não demonstra o menor sinal de que aceitará preparar a eleição indireta para Luis Fernando.

Mas o problema de agora é resultado de um problema de ontem.

Em 2011, Roseana abriu mão de peitar a Assembleia para garantir o deputado Ricardo Murad (PMDB) na presidência da Assembleia.

Na época Melo – que vinha de sucessivas derrotas na tentativa de chegar ao comando da Casa – sequer cogitava disputar novamente.

Ocorre que a conspiração correu solta contra Murad,  que era o virtual presidente até dois dias antes do pleito.

A maior parte do grupo Sarney trabalhou contra a candidatura de Murad – dentro e fora do governo; dentro e fora da Assembleia.

Mesmo assim, Roseana preferiu eximir-se, evitando conflito com os deputados logo no início do governo.

O resultado é que, agora, está numa espécie de xeque-mate.

E a falta de ação de ontem, impede a ação de hoje…

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