4

Incra apresenta áreas a serem usadas por famílias expulsas de terras Awá-Guajá…

ignacio

Zé Ignácio explica benefícios às famílias assentadas pelo Incra

A Superintendência Regional do Incra no Maranhão apresentou às famílias de não índios expulsas das terras Awá-Guajá em São João do Carú, as áreas disponibilizadas para atendê-las.

Apenas famílias que se cadastraram para inclusão no Programa Nacional de Reforma Agrária poderão requerer assentamento.

Das 427 famílias notificadas pelos oficiais da Justiça Federal para desocuparem a área, 266 procuraram o Incra para serem cadastradas. Desse total, 225 já tiveram os cadastros lançados no Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária (Sipra) e estão aguardando homologação.

O superintendente do Incra, José Inácio Rodrigues já se reuniu com famílias em Zé Doca e São João do Carú. Segundo ele, a autarquia dispõe de 569 vagas em assentamentos nos municípios de Parnarama e Coroatá.

No município de Parnarama, as vagas disponíveis estão concentradas no assentamento São José/São Domingos, área com 12.559 hectares. Conforme explicou Rodrigues, há capacidade para mais 424 vagas que podem ser utilizadas para assentar as famílias desintrusadas.

ignacio2

Representantes de centenas de famílias participaram das reuniões

– Nada menos que 5,6 km do perímetro do assentamento São José/São Domingos são margeados pelo Rio Itapecuru, o que facilita o cultivo das principais culturas que já são produzidas pelos agricultores que ocupam a Terra Indígena Awá – ressaltou Zé Ignácio.

No município de Coroatá, as 183 vagas disponíveis para assentamento imediato das famílias desintrusadas estão divididas em nove projetos de assentamento.

As famílias assentadas pelo Invra terão acesso aos benefícios do Programa Minha Casa, Minha Vida; crédito apoio inicial; Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), além de assistência técnica.

O Incra também realizará convênios com as prefeituras dos municípios para implantação e melhoria de estradas de acesso e sistemas de abastecimento de água nos assentamentos.

Marco Aurélio D'Eça

4 Comments

  1. Meus amigos, essa é uma iniciativa que jamais era pra deixar de acontecer. No mais apresento meu sincero respeito por essa iniciativa do INCRA.

  2. Falar é fácil. Difícil e executar estas ações. O governo é muito lento. Acharia conveniente assentar estas pessoas na mesma região. A questão familiar esta muito presente em qualquer mudanças e principalmente quando é para sair de perto das pessoas pois o laço familiar é que pesa. Eu sei que o governo e os Ongeiros não se preocuparam com este povo sofrido quando criaram esta reserva Indígena. Em uma área que já está com 50% já desmatada. A não ser que estão querendo que os índios mudem sua cultura e daqui pra frente tonem agropecuarista. Agora como nós sabemos Awa Guaja são povos que vivem exclusivamente da floresta. Odilon Alves -Zé Doca-Ma.

  3. Marcos, o que acontece com aquelas famílias é um verdadeiro atentado aos seus direitos e às suas dignidades, coisa que nem mesmo no período da ditadura, viu-se algo parecido.
    Toda ação de retirada das famílias deveria ter sido feita de forma planejada assegurando os direito dos que ali habitam há décadas, muitos nasceram e se criaram naquele local, e agora são despejados à força sem que lhes sejam garantidos direitos elementares.
    Só agora, depois que a situação chegou nesse ponto vergonhoso é que o INCRA aparece com essa conversa fiada, dizendo que as famílias vão ser assistidas.
    Lamentável e vergonhosa toda essa situação de pouco caso das autoridades com os nossos irmãos desassistidos.

  4. A pergunta necessária: por que o “INCRA brasileiro” não fez o cadastro anteriormente?
    Por que não se pensou em deixar o assentamento preparado antea da desocupação?
    Coisas de Brasil!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *