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Anos 80: uma década que virou ícone…

Os anos 80 são – para o bem ou para o mal – os únicos 10 anos na história da humanidade que viraram ícones pop, símbolos de arte e cultura e signos de uma geração.

Na música, na arte, no cinema, na TV, no Esporte, no comportamento, no entretenimento e na política, nenhum outro conjunto de anos mereceu tanto estudo, relembranças, análises e releituras quanto a década – compreendida entre 1979 e 1990.

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Ala da Dragões da Real lembraram o Cubo Mágico: clássico infantil

Os anos 80 resultam, até hoje, em programas de TV, têm revista própria, sites de internet, blogs, livros, almanaques e até teses acadêmicas.

A força dos anos 80 está em ter impactado todos os aspectos da vida ao mesmo tempo.

Por isso, nem antes, nem depois, nenhum outro conjunto de anos mereceu tanto estudo, tanta referência específica.

Agora, os “loucos anos 80” são também a única década da história da humanidade a virar tema de enredo de escola de samba.

Nada menos que duas escolas homenagearam a década.

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Os personagens da Corrida Maluca, na visão da Unidos da Tijuca

Sem falar nas referências da campeoníssima Unidos da Tijuca, no Rio, que mostrou “A Corrida Maluca” no enredo sobre Airton Senna.

No Rio, a Mocidade Independente de padre Miguel fez referência a ela no enredo em homenagem ao carnavalesco pernambucano Fernando Pinto.

A paulista Dragões da Real levou para a avenida “Um museu de Grandes Novidades”, verso da canção “O Tempo Não Pára”, de Cazuza, para falar de tudo o que envolveu os anos 80.

Os carros alegóricos lembravam ícones da infância, como os brinquedos Lego, o Cubo Mágico e o Aquaplay. E as alas faziam referências a ídolos pop e trash, como Michael Jackson, Madona e Chacrinha.

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Monique Evans, no carro da Mocidade Alegre: musa oitentista

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A Mocidade de Padre Miguel levou para a avenida destaques como a nave da Xuxa, do programa ícone dos anos 80, e a modelo Monique Evans, que transformou a profissão de modelo em referência pop.

Mas as duas escolas encerraram uma mensagem eterna: não houve, não há e não haverá nenhuma década na história do comportamento humano tão intensa quanto foram os anos 80.

Que até hoje são vividos como se ainda estivessem a passar…

Marco Aurélio D'Eça

3 Comments

  1. Anos 1980, época de descobertas, encontros e desencontros. Vivi, aprendi muito. Fui, sou free, eu sou free demais.

    Maçudi

    Resp.; Nós vivemos e aprendemos demais, meu caro Maçudi. Nós…

  2. Eu os vivi intensamente.Foi uma década realmente incrível. Em contraponto ao estado de euforia e porralouquice, foi um período de muita pobreza material. Lembro-me de como era difícil comprar um simples vídeo cassete; um carro novo, quase impossível. Obviamente, todos terão a sua década preferida como a melhor de todas. Acho a década de 1960 muito rica cultura e politicamente. Já os anos 90, sofrível.

    Resp.: Mas nenhuma dessas décadas, meu caro – nem os 60, nem os 90 – mereceu tantos estudos específicos, como conjunto de anos, quanto os 80. Não existe teses falando da década de 60 em si. O que existem são análises de movimentos culturais e artísticos surgidos nestes anos, mas não como um conjunto. Nos 90, então, nem pensar. Mas os 80, como conjunto, é a única década que tem estudos, teses, revistas, programas e revivals.

  3. Pelo que eu sei e convivi, os anos 80 foi considerado a década perdida na economia brasileira.

    Resp.; Hoje a leitura já é outra. Hoje, os economistas entendem que, na época, foram plantadas as bases para a modernização econômica que o Brasil começou a experimentar a partir do início da década de 90. Mas o debate não é este. O debate é a influência dos anos 80 em todos os ramos da atividade humana.

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