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Joaquin Haickel diz o que precisa ser dito, agrada e desagrada na mesma medida…

Haickel: intelectual que abre polêmicas

Teve fortíssima repercussão política – como sempre ocorre com seus escritos – o artigo do ex-deputado Joaquim Nagib Haickel sobre o cenário político-eleitoral do Maranhão às vésperas das convenções que definirão os candidatos às eleições de outubro.

Haickel apontou o dedo para quem achou que merecia e pôs o dedo na ferida da situação do grupo Sarney – que pode ter histórica derrota nas urnas no próximo pleito.

Quem não gostou, reagiu firme. Quem gostou, também reafirmou as opiniões peremptoriamente.

Pela primeira vez, por exemplo, o atual secretário de Esportes fez um elogio público à governadora Roseana Sarney (PMDB) – a quem sempre criticou pelo desinteresse na articulação política.

– Em minha opinião, Roseana, por incrível que pareça, é um dos pouquíssimos personagens da cena política atual que não está pensando exclusivamente em si. Eu não sou idiota, muito menos puxa-saco para não reconhecer que ela está em última análise pensando em si, mas ela está prestes a permanecer no governo até o final de seu mandato, coisa que nove entre dez consultados jamais faria – disse o articulista.

O ex-deputado não teve também nenhuma dúvida em dizer o que pensa da postura do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), que dificulta as articulações de Roseana por insistir permanecer no governo se ela abrir mão do cargo.

– Arnaldo pensa em si quando coloca como meta ser governador por nove meses acima dos interesses verbais conjugados na primeira pessoa do plural, nós, arriscando-se a acabar por conjugar os verbos na terceira pessoa do plural, eles – afirmou.

Mas duro ainda foi Haickel com os postulantes ao Senado Manoel Ribeiro (PTB) e Hélio Soares (PTB), ambos deputados estaduais.

– Existem até alguns políticos, Manoel Ribeiro e Hélio Soares, que reivindicam a candidatura ao Senado. Essa espécie de verdade é a mais fácil de desmistificar. É mentira. Jogo de cena da pior qualidade. Frágil como uma pétala de rosa e nem tem seu agradável perfume – declarou.

Esta afirmação resultou em reações aind ano domingo, dia em que o artigo foi publicado no jornal O EstadoMaranhão.

O deputado Pedro Fernandes (PTB), que ocupa a Secretaria de educação do estado, saiu em defesa do irmão deputado estadual.

– Esta referência ofendeu o deputado Manoel Ribeiro e a todo o PTB – afirmou Fernandes, em nota publicada hoje na coluna EstadoMaior, do mesmo jornal.

Hélio Soares, por sua vez, disse cnsiderar Haickel um amigo, e rebateu: “meu pai me ensinou que nunca se chama um amigo de mentiroso. No máximo, diz-se que ele está enganado. O que Joaquim fez foi uma agressão”.

Ambos, Ribeiro e Soares, devem tratar do tema hoje na Assembléia Legislativa.

Mas o fato é que Joaquim Haickel, mais uma vez, mexeu com as entranhas do seu grupo político, fez pensar e abriu questionamentos que precisam ser respondidos em curto prazo.

E não teve dúvidas ao apontar caminhos:

– É hora de decidirmos o que fazer, e o que for decidido, que seja feito à risca…

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