O deputado federal Gastão Vieira (PMDB) é, desde o início do governo Roseana Sarney (PMDB), ainda em 2011, seu candidato natural ao Senado, caso ela não viesse a disputar as eleições de outubro – como não veio.
O problema é que Gastão Vieira é um daqueles membros do grupo Sarney que sofrem de dois distúrbios políticos:
1 – têm vergonha de pertencer ao grupo;
2 – acham que, por causa do currículo ou da história, devem ser ungidos a qualquer posto importante que surgir.
E por causa destas características, Gastão Vieira perdeu duas vezes o timing da disputa de senador.
Primeiro, quando a governadora Roseana Sarney deu os sinais definitivos de que ficaria no cargo, ainda no mês de fevereiro. Naquela época, Gastão Vieira chegou a ser cogitado sobre a candidatura de senador, mas não disse nada. No dia seguinte, o senador Lobão Filho (PMDB) ocupou todas as manchetes, anunciando-se como candidato à vaga aberta pela governadora.
Só depois do caldo derramado é que Gastão tentou correr atrás, reunindo seus aliados no interior. Mas sumiu de novo nos dias seguintes ao ato.
Depois, quando o então candidato a governador Luis Fernando Silva (PMDB) oficializou sua desistência da campanha, Lobão Filho ocupou novamente o vácuo, e assumiu a vaga de candidato a governador.
Gastão poderia consolidar a candidatura de senador, mas dormiu no ponto e foi atropelado pela Assembleia Legislativa, que lançou o presidente da Casa, Arnaldo Melo (PMDB).
Só ontem, quatro dias depois de intensa mídia em torno de Edinho é que Vieira – em seu perfil no Facebook – resolveu reafirmar seu interesse no Senado.
Já era tarde. Melo ocupou todos os espaços, inclusive com o próprio Lobão Filho.
E ainda tem o fator João Castelo (PSDB), que já aparece como potencial favorito na eleição.
Resta a gastão Vieira remoer novamente as mágoas da perda de timing e do desejo de unção…