A deputada Eliziane Gama (PPS) nunca quis ser candidata a governadora coisa nenhuma.
Se quisesse, não teria feito beicinho para tantos partidos que cogitaram aliança com ela.
Envergando uma “pureza ideológica” que só ela parece ter no mundo, a deputada do PPS esnobou o PSDB ainda em 2012; esnobou partidos da base governista e nem deu bola para os acenos do PV e do PEN.
Enquanto isso, o mesmo Flávio Dino que classificou o tucanato de atraso, agora escancara o palanque para ele.
A “pureza” que se vê em Eliziane, não se vê em Dino, que quer ganhar a eleição e ponto.
Mas Eliziane, ao que parece, apenas quis valorizar o passe ao máximo, achando que, no fim das contas, quem sabe, ganharia uma candidatura de senadora.
Não vai ganhar e vai ficar a ver navios.
A promessa que o presidente do PSDB, Carlos Brandão, lhe fez – de entregar suas bases eleitorais em troca do apoio a Flávio Dino – não passa de balela. As bases de de Brandão são, na verdade, de José Reinaldo Tavares (PSB) que quer voltar à Câmara Federal de qualquer jeito.
Eliziane e seu PPS perderam o trem da história, todos os cavalos selados e, agora, se quiserem, terão que entrar na muvuca do chapão comunista, onde tem uma renca de candidatos disputando cinco ou seis vagas.
E terá que disputar essas vagas com pesos pesados, como João Castelo (PSDB), José Reinaldo Tavares, Rubens Pereira Júnior (PCdoB), e os pedetistas Deoclides Macêdo e Weverton Rocha, só para citar alguns.
No fim das contas, se quiser salvar a própria pele, Eliziane vai ter que se virar numa reeleição de deputada estadual; e torcer para que o eleitor não a abandone por falta de confiança.
Depois de tantas estripulias eleitorais, é isso que resta à deputada que um dia sonhou ser governadora.
Mas viajou demais fora da realidade…