Considerado distante e pouco envolvido com o grupo, o deputado federal Gastão Vieira apostava no recall eleitoral para vencer a disputa por meio de pesquisas. Entre as lideranças do grupo, ele tem o apoio da governadora Roseana Sarney
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), ganhou uma importante vantagem com a decisão da cúpula do seu grupo político de escolher o candidato a senador pelo consenso das lideranças, e não mais com base em pesquisas.
Com a decisão, o grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB) atende também a uma reivindicação da classe política, que entendia ser injusto o critério da pesquisa, uma vez que o deputado Gastão Vieira (PMDB) levaria vantagem já que, como ex-ministro, teria um recall no eleitorado maior que a de Melo.
O critério da escolha política já havia sido defendido por este blog, no post “A Assembleia tem razão…”
Na verdade, a cúpula do grupo prefere a candidatura de Arnaldo Melo à de Gastão, visto por muitos como distante e pouco relacionado.
De fato, Arnaldo Melo ocupou espaços para a corrida pelo Senado de forma mais ágil que o ex-ministro.
Quando Lobão Filho foi escolhido para representar o grupo na disputa pelo governo – Vieira chegou a desdenhar das chances do senador, enquanto Arnaldo Melo foi a Brasília conversar sobre a campanha.
Desde então, o presidente da Assembleia Legislativa tem acompanhado co candidato a governador em todos os eventos políticos, enquanto Gastão mantinha-se distante, apostando na força eleitoral do seu nome.
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Além da simpatia – ainda que discreta – do próprio candidato a governador, Arnaldo Melo teria o apoio dos senadores João Alberto de Souza e José Sarney, e do ministro Edison Lobão.
Na cúpula, apenas a governadora Roseana Sarney demonstra preferência pelo ex-ministro do Turismo. Foi dela, inclusive, a orientação para que Gastão passasse a acompanhar Lobão Filho no interior, o que aconteceu sábado, em Barra do Corda.
Além dos líderes, Arnaldo Melo tem a preferência aberta da maioria dos deputados estaduais e federais da base governista, e de boa parte dos prefeitos aliados.
Tem tudo, portanto, para se viabilizar com a classe política, o primeiro passo para viabilizar uma candidatura ao Senado.
Só após isso, ensina a regra, é que se busca o apoio eleitoral…