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PT anti-Sarney age para se eximir da campanha…

Estratégia de indicar suplente de candidato a senador só interessa aos petistas que não se alinham ao projeto de aliança com o PMDB no Maranhão – e ao deputado federal Gastão Vieira (PMDB), a quem pouco importa a eleição de Lobão Filho, desde que seja garantida a sua ascensão ao Senado

 

Lobão Filho já tem o vice ideal, mas o PT quer conspirar

Partiu do presidente nacional da legenda, Ruy Falcão – um anti-Sarney assumido –  a pressão no PT maranhense para que o partido abra mão da indicação de um companheiro de chapa para o senador Lobão Filho (PMDB).

A mudança de patamar do partido na coligação foi bem recebida por uma parte do PMDB –  mas só aqueles que defendem a candidatura do deputado federal Gastão Vieira ao Senado.

Ruy Falcão conspira contra o PMDB maranhense

Aos petistas alinhados a Ruy Falcão interessam o distanciamento das obrigações do PT na coligação com o PMDB. Quem defende a artimanha do presidente da legenda quer se eximir da campanha de 2014 para não ter amarras em 2015.

É a turma do PT que será governo, vença Lobão ou vença Flávio Dino (PCdoB).

Sem a vice, estariam eles desobrigados da campanha.

Gastão Vieira joga com seus interesses

Estes petistas distanciados da coligação foram convencidos de que a suplência é melhor do que a vice por uma outra artimanha, esta do deputado Gastão Vieira. (PMDB).

Gastão tem plantado na cabeça de petistas nacionais e locais que será ministro novamente se a presidente Dilma Rousseff se reeleger. Tenta há dias, inclusive, obter uma declaração de Dilma em apoio ao seu nome para o Senado – até agora sem sucesso aparente.

O objetivo de Gastão Vieira é se fortalecer politicamente na disputa com o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), usando o trunfo do ministério para convencer petistas e peemedebistas.

Mas a Gastão só importa a candidatura ao Senado. Só importa a ele a ascensão à Câmara Alta, pouco importando a vitória do grupo na eleição de outubro.

E não há qualquer sinalização de que Dilma irá levá-lo de volta ao ministério.

A menos que o PMDB tenha o interesse na vaga de vice para abrir seu leque de alianças e atrair reforços para o palanque de Lobão Filho, não faz qualquer sentido que libere o PT da missão.

E para fortalecer o projeto das duas legendas, o indicado deve ser um petista identificado com a aliança PT/PMDB e organicamente envolvido no debate eleitoral.

Mas esta é uma outra história…

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