O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) diz aos mais próximos estar até aliviado com o afastamento do PCdoB e de Flávio Dino da órbita de sua gestão.
E que esse afastamento dá a ele a condição de encaminhar a parceria que julga necessária com o governo Roseana Sarney (PMDB).
O problema é que Holandinha ainda morre de medo de Flávio Dino, mesmo após evidentes sinais de que o comunista está pouco ligando para sua administração, rejeitada por até 70% da opinião pública.
Mas é preciso coragem, prefeito.
Coragem para assumir publicamente – e efetivamente – a parceria com a governadora. Não apenas os bônus, mas também os ônus desta aliança, que pode, inclusive, ser a salvação de sua gestão.
Não adianta ficar apenas no blablablá discursivo.
O que Roseana espera de Holandinha é que ele assuma o erro de não ter fechado a parceria em 2013. Reconheça que foi traíd0 por aqueles que o apresentaram como mudança e mudaram quando viram os primeiros sinais de sua fragilidade administrativa.
A aliança esperada, mais do que administrativa, deve ser também política, com foco na população de São Luís, e com troca de experiências e resultados.
O prefeito diz aos aliados que teme romper com o PCdoB e ser taxado de traidor.
Mas a traição já foi efetivada, pelo próprio Flávio Dino, que abandonou não apenas a gestão, mas todos os aliados de 2012 – PDT, PSB, Weverton Rocha, Roberto Rocha… – e foi se juntar exatamente com os principais adversários do projeto: PSDB e João Castelo.
É evidente que Flávio Dino só queria usar Holandinha como escada para chegar ao governo – e quando viu que a escada poderia quebrar, tratou de buscar uma nova, sem qualquer pudor.
Só há uma saída para a gestão do prefeito: a aliança com a governadora Roseana Sarney.
Mas uma aliança às claras, aberta, que o povo possa ver nitidamente projetos e resultados.
Esconder-se de pagar o preço, só vai levá-lo para mais fundo ainda.
E o PCdoB baterá palmas em 2016…