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O comunismo e a religião…

Ao pedir votos declarando-se “servo do Senhor” – e depois negar que tenha feito – o chefão comunista  Flávio Dino trouxe de volta a polêmica em torno de sua identidade religiosa. Mas o fato histórico é que o comunismo, em todo o mundo, é incompatível com a religião

 

Na história da formação dos países, apenas governos declaradamente comunistas tentam impor o chamado Ateísmo de Estado, que é a promoção da “não-crença em Deus” por um governo.

Este tipo de concepção estatal sobre religião é diferente da promoção do estado laixo – aquele em que a nação se declara livre para professar qualquer crença, inclusive nenhuma.

A antiga União Soviética foi o mais bem sucedido projeto de estados ateus com base no materialismo dialético da Karl Marx, principal pensador do comunismo.

O comunismo levou ao ateísmo também à China, Albânia, Coreia do Norte e Mongólia.

Em alguns destes países, o comunismo impõe um ativismo intenso contra s religiões. Na União Soviética de Stalin, essa prática contra igrejas chegou ao ápice, alcançando o maior sucesso.

Marx afirma que é do interesse das classes dominantes inculcar nas massas a convicção religiosa que os seus atuais sofrimentos levarão a uma “eventual felicidade”. Assim, enquanto as massas acreditarem na religião, eles não tentariam fazer qualquer esforço genuíno para compreender e superar a verdadeira fonte de seu sofrimento, o que, na opinião do Marx foi o seu sistema económico não-comunista 

Para tentar amenizar a rejeição que os seus ensinamentos tinham nas sociedades capitalistas, os partidos comunistas passaram a se declarar socialistas, termo mais palatável às religiões.

Daí o surgimento do termo Comunista-cristão, usado por Flávio Dino nos primeiros tempos de sua filiação partidária.

Os líderes religiosos, no entanto, deixam claro o que pensam a respeito desta nova forma de comunismo.

– Esta forma de comunismo surgiu na história como um inimigo jurado e severo do Cristianismo. Por sua vez, o Cristianismo se reconhece como completamente estranho e hostil ao comunismo, ao seu espírito e a todo conteúdo de sua ideologia – diz o site Eclesia, de orientação cristã. (Leia aqui)

Algumas igrejas evangélicas mais radicais – como as do ramo pentecostal, consideram o Comunismo “o único adversário perigoso do cristianismo”. (Entenda  aqui)

No Brasil, já é tolerável a relação política entre evangélicos e comunistas, mas os líderes batistas, presbiterianos, pentecostais e neo-pentecostais fazem restrições ao apoio a comunistas, como defende publicamente o controvertido pastor Silas Malafaia, um dos principais líderes da Assembleia de Deus no Brasil.

Como se vê na história, trata-se  portanto, de uma falácia oportunista o tal “comunismo cristão” pregado por Flávio Dino.

Ou ele é um cristão, e, portanto, engana o seu partido, o PCdoB; ou é um ateu.

E, neste caso, está enganando os cristãos do interior maranhense…

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