O roteiro do filme já é conhecido, e se repete nesta Copa que começa hoje.
A seleção de brasileiros convocada sob orientação do esquema Nike/Rede Globo para representar o Brasil no torneio, é divulgada em overdoses diárias nos telejornais da emissora carioca, a ponto de gerar uma histeria coletiva na população desavisada.
Mas nada de esquemas táticos, debates sobre a técnica dos jogadores ou a capacidade do time de superar adversários mais bem preparados e a pressão da Copa em Casa.
O que a Globo mostra é como o cabelo de Neymar influencia garotos de todo o país; quantas vezes a atriz Bruna Marquezine fura o bloqueio da Granja Comary para ficar com o craque, ou a farra das torcidas Brasil a fora.
Só ôba-ôba, espetáculo, pão e circo para manter a massa em catarse permanente.
E este filme já foi visto em 2006 e 2010.
Seleções de brasileiros tidos como estrelas mundiais – alguns sem qualquer relação com os times do Brasil – que chegaram às Copas da Alemanha e da África do Sul como campeões antecipados foram traídos pela própria empáfia.
Este é o roteiro que parece ser seguido agora pela nova seleção de brasileiros.
Quem acompanha futebol sem a influência do insuportável Galvão Bueno, nos canais que verdadeiramente fazem a análise do esporte; quem se dedica a ler sofre a formação das seleções e as lições de casa de cada time, sabe que esta seleção de brasileiros tem poucas chances de chegar longe nesta Copa – a não ser com a ajuda do mesmo esquema que convoca jogadores.
Mas a Rede Globo quer manter o show 24 horas por dia, pouco importando o resultado.
E a massa segue como rebanho, acostumada a ser tangido pela emissora.
No final, o choro e o ranger de dentes.
E a seleção de brasileiros volta par a Europa, como se nada tivesse acontecido.
Deixando aqui só o prejuízo da farra milionária…