Quem convive nos bastidores do PSDB maranhense sabe que partiu do deputado federal Carlos Brandão – seu presidente desde a saída de Roberto Rocha (PSB) – todas as ações para evitar que o partido lançasse candidato próprio ao governo ou que se aliasse a um candidato do PMDB.
E Brandão tinha um argumento recorrente para justificar seu ponto de vista: o partido teria que priorizar o fortalecimento das bancadas na Assembleia Legislativa e, sobretudo, na Câmara Federal.
Mas os movimentos eleitorais de Brandão mostraram que o PSDB pouco importava em seu projeto pessoal de salvar a carreira política.
Sua aliança com o PCdoB – que lhe garantiu uma vaga de vice do comunista Flávio Dino – esfacelou o PSDB.
Para ter uma saída honrosa diante de uma reeleição pouco provável, Brandão impediu o PSDB de ter um candidato a senador com chances reais de vitória, o ex-prefeito de São Luís, João Castelo.
E seu projeto de fortalecer a bancada não resiste sequer aos fatos da própria campanha.
Dos três deputados federais da legenda, dois já não voltarão em 2015 – ele próprio e Pinto Itamaraty, que também recuou de uma reeleição incerta para ser suplente na chapa de Roberto Rocha.
O outro deputado é Hélio Santos, que tem reeleição também incerta.
Resta ao PSDB de Brandão apostar no próprio João Castelo, humilhado pelo partido.
Mas, de uma forma ou de outra, o PSDB, sob o comando de Carlos Brandão, sairá menor das eleições de outubro.
Qualquer que seja o resultado…