Ao apresentar o projeto 676/2011, o senador peemedebista justificou que com muita frequência a mídia tem destacado o desvio de recursos que deveriam ser aplicados na aquisição de medicamentos, material hospitalar, escolar e outros insumos da área da saúde e educação públicas para o bolso de funcionários, administradores corruptos e licitantes fraudulentos.
– Esses fatos nefastos devem ser combatidos e denunciados, de forma incisiva, por todos os setores da sociedade. Devem ser considerados crimes hediondos, na forma da legislação em vigor, por atentarem contra a vida das pessoas, bem como na formação educacional da nossa juventude – enfatizou o autor do projeto.
Ele destacou ainda que um país que deseja ser justo com a sua população e em especial com os mais carentes e excluídos socialmente, deve, urgentemente, pactuar a interpretação legal de que desvios de recursos públicos são hediondos e merecedores de punição mais dura.
– Precisamos distribuir não apenas a renda nacional, mas também a justiça e, para isso, devemos fazer chegar, integralmente, à maioria da população que utiliza a saúde e a educação públicas, os recursos do erário. A população tem que se beneficiar da riqueza nacional, principalmente através do acesso aos serviços públicos fundamentais como saúde e educação – assinalou Lobão Filho.
Dados do Departamento de Patrimônio e Probidade da Advocacia Geral da União (AGU) apontam que aproximadamente 70% dos recursos públicos desviados no país são das áreas de educação e saúde. Foi constatado, pela Controladoria Geral da União (CGU), que entre 2007 e 2010 foram desviados, por prefeitos ou ex-prefeitos, R$ 662,2 milhões.
– Essas verbas seriam destinadas para a reforma de escolas e hospitais, compra de merenda escolar e remédios e procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, oferecemos esse projeto de lei para coibir as ações desses criminosos – finalizou Lobão Filho.