Mais do que a diferença entre os candidatos, é uma tendência confirmada na pesquisa Exata que deve ser levada em conta pelas campanhas. E a força desta tendência é que decidirá o pleito
Os números da pesquisa Exata/TV Guará, divulgados ontem, têm alguns aspectos que precisam ser analisados sem os olhos da paixão política ou de torcedor.
O levantamento mostra uma tendência – e é esta tendência que precisa ser observada pelos coordenadores de cada campanha.
E o que diz a Exata?
O instituto confirmou o que vem sendo mostrado desde quando os candidatos foram definidos, de fato, no início de abril: o candidato do PCdoB, Flávio Dino, alcançou o seu teto e começa a perder fôlego. E isso pode ser visto claramente apenas com a análise das pesquisas publicadas no período da campanha de fato.
Este período foi iniciado com a pesquisa DataM, logo após o encerramento do prazo de desincompatibilização. Naquele levantamento, em 24 de abril, Flávio Dino registrava 62,5% das intenções de voto, contra 12% de Lobão Filho. (Veja aqui)
Três semanas depois, em 8 de maio, na primeira pesquisa Exata, Lobão já aparecia com 23% – ou seja, o dobro do que tinha 15 dias antes. Flávio Dino, por sua vez, apareceu com 56%, ou pouco mais de seis pontos percentuais a menos. (Releia aqui)
Agora, no segundo levantamento Exata, Lobão Filho chega a 25%, contra 54% de Flávio Dino.
Este é o xis da questão.
Repare que, delineado o período da “campanha de fato” entre o início de abril e agora, Flávio Dino perdeu 8,5 pontos percentuais. Lobão Filho, por sua vez, subiu 13 pontos percentuais.
Em outras palavras, Lobão cresce e Flávio Dino cai.
Mas há outro dado na pesquisa Exata: tanto a queda de Dino quanto o crescimento de Lobão se deram abaixo da margem de erro.
A estagnação pode representar que o eleitor resolveu aguardar mais para se definir de fato.
Ou pode dizer que os percentuais se consolidaram, mantendo-se neste patamar até o fim da campanha.
E é exatamente isto que as coordenações precisam analisar.
Simples assim…