O promotor João Mendes Benígno Filho, da 1ª Promotoria do Tribunal do Júri do Teresina (PI), adotou no processo da morte do empresário Fábio Brasil, a mesma tese defendida neste blog para a morte do jornalista Décio Sá.
Para o promotor, apenas o assassino Jhonatan de Souza, seu comparsa Elker Veloso, e o empresário Júnior Bolinha podem ser configurados como autores da morte de Brasil – e pronunciados a Júri Popular. (Leia aqui)
Na concepção de Benígno, não há como caracterizar a certeza de que o agiota Gláucio Alencar e seu pai, José Miranda, tenham participado do assassinatos. Por esta razão, o promotor pediu a impronúncia dos dois.
A tese é a mesma adotada neste blog desde o início das investigações do caso Décio Sá.
No caso Décio, não há dúvida de que o assassino foi o mesmo Jhoantan de Souza do caso Fábio Brasil. E que Júnior Bolinha foi o responsável pela sua contratação.
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Mas a partir deles, este blog sempre cobrou uma prova clara da ligação Jhonatan e Bolinha, especificamente para contratar a morte de Décio – e um nexo causal que pudesse levar Gláucio a matar o jornalista.
Estes elos nunca apareceram.
Mesmo assim, tanto Gláucio Alencar quanto seu pai, Miranda, e os demais acusados, foram pronunciados a Júri Popular no caso Décio.
O Ministério Público e a Justiça maranhenses levaram em consideração o “clamor popular” para pronunciar todos os acusados a Júri.
Já o promotor piauiense utilizou-se do argumento do Indúbio Pró-Réu, argumento segundo o qual, em caso de dúvida, a posição deve ser favorável ao acusado.
As diferentes opiniões revelam duas faces da mesma moeda na análise dos processos, que têm os mesmos acusados…