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O eleitor quer saber…

A cadeira vazia one Dino deveria falar

Cai por terra, diante da dinâmica da própria campanha, o argumento criado pelo candidato comunista Flávio Dino – sabe-se lá com base em quê – de que o Maranhão é o único estado do país a não tratar exclusivamente dos programas de governo nas entrevistas e sabatinas com os candidatos.

Ou o candidato teme ser confrontado com assuntos controversos de sua biografia ou quer mesmo amordaçar jornalistas, jornais e emissoras de rádio e TV a seguir uma cartilha imposta por ele próprio, sobre o que deve e o que não deve ser perguntado.

Basta que Dino reveja as entrevistas iniciadas semana passada pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, para ver que, para a imprensa, importam todos os assuntos relativos aos candidatos, desde as suas propostas de governo até a postura como homem público.

Aconteceram dentro desta lógica as entrevistas de William Bonner e Patrícia Poeta com os candidatos Aécio Neves (PSDB) – aliás, o preferido de Dino à presidência – e o socialista Eduardo Campos, que morreu um dia depois da sabatina na Rede Globo.

E nenhum deles entrou em pânico ou fugiu da entrevista, como fez Flávio Dino na sabatina da Mirante AM.

Ao tentar impor que se discuta apenas assuntos previamente escolhidos por ele mesmo – como suas propostas de governo -, o chefe comunista maranhense quer, na verdade, fugir de assuntos que não tem como explicar, a exemplo da relação com empresa escravagista ou a investigação do TCU em suas contas da Embratur.

Sem falar de assuntos mais polêmicos, como o grande número de investigados em seu palanque, a relação com o pai e com a família, além da confusa postura religiosa que ele tem publicamente, apesar de professar o comunismo como ideologia.

E são esses aspectos do candidato, juntamente com seu plano de governo, que o eleitor toma para formar seu juízo de valor em relação a quem vai escolher para dirigir o destino de seu estado.

E não adianta fugir.

Da coluna EstadoMaior, de O EstadoMaranhão

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