A entrada da ex-ministra Marina Silva (PSB) na disputa presidencial – ela já aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto – vai mesmo mexer com o jogo sucessório no Maranhão.
E o primeiro impacto se dará na campanha do comunista Flávio Dino.
Marina não tem relações próximas com Dino e, como evangélica, demonstra pouca afinidade com o PCdoB. Além disso, não quer nem ouvir falar de aproximação com o PSDB, de Aécio Neves.
Para quem não se lembra, a ex-ministra criou caso no PSB com a aliança com os tucanos em São Paulo.
Esta postura da agora candidata socialista forçará Dino a assumir, definitivamente, algo que ele resiste: a aliança com o PSDB de Aécio Neves. E, consequentemente, a polarização com a campanha do senador Lobão Filho (PMDB), único candidato no Maranhão a ter o apoio da presidente Dilma Rousseff (PT).
O político mais próximo de Marina Silva no estado é a deputada estadual Eliziane Gama (PPS). É ela a interlocutora da candidata.
Nem o vice-prefeito Roberto Rocha e, muito menos, o ex-governador José Reinaldo Tavares, têm afinidade com ela.
Esta situação impõe também outra situação para Dino: se quiser manter a confusão de ter dois candidatos em seu palanque, ele terá que repensar o tratamento a Eliziane Gama, único elo entre ele e a candidata.
Mas, neste caso, também, ficará evidente o oportunismo eleitoral do candidato do PCdoB, o que já vem sendo criticado pelo eleitorado.