Prefeitos, lideranças políticas do interior, deputados estaduais e federais – e até vereadores – ressentem-se nos bastidores da ausência da governadora Roseana Sarney (PMDB) da campanha eleitoral.
Desde que decidiu aposentar-se da vida pública, a governadora tem tentado passar a ideia de que, mesmo assim, continuará a liderar seu grupo político, tanto na gestão do estado quanto na questão eleitoral.
Seus gestos e ações, no entanto, mostram o contrário: uma Roseana desinteressada, ausente e distante do debate.
Nas poucas vezes em que esteve em eventos públicos, ela se limitou a dizer palavras de ordem e frases feitas, pouco animada com o assunto.
Leia também:
O processo eleitoral e a importância de Roseana…
Roseana Sarney é a principal eleitora do Maranhão, e nem seus adversários têm dúvidas disto.
Seu carisma e sua popularidade no Maranhão são inigualáveis, e, como tal, ela tem uma capacidade inesgotável de transferir votos, como já provou em diversas ocasiões.
Em 2002, por exemplo, foi graças a Roseana que o candidato José Reinaldo Tavares (hoje no PSB) saiu de inexpressivos 7% de intenções e voto para vencer em 1º Turno a disputa contra o favoritíssimo Jackson Lago (PDT).
Em 2006, o carisma de Roseana foi suficiente para derrotar no 1º turno três candidatos criados por José Reinaldo, que só conseguiu levar a disputa para outra etapa graças à corrupção eleitoral desenfreada, mais tarde confirmada, e punida, pela Justiça Eleitoral.
São apenas dois exemplos da força eleitoral e do carisma da governadora.
Mas é necessário que Roseana demonstre interesse e vontade de estar no embate eleitoral.
Só ela pode decidir envolver-se ou não na disputa, com pedidos pessoais de votos e contato intenso com o eleitor no interior.
O que até agora não aconteceu efetivamente…