Intensificam-se as ações criminosas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas às vésperas da realização do primeiro turno das eleições.
O roteiro é o mesmo: fuga em massa de presos, seguida de boatos de assaltos, arrastões, assassinatos etc, na cidade; repercussão na mídia nacional; divulgação na imprensa local, principalmente através blogosfera ligada à oposição; e, por fim, exploração política dos acontecimentos no horário eleitoral gratuito.
Vai ficando cada vez mais claro que pode haver uma conexão criminosa entre os eventos ocorridos em Pedrinhas e as eleições no Maranhão.
É preciso ficar claro que tipo coisa não é raro, isto é, de facções criminosas recorrem à procedimentos audaciosos como estes que acontecem desde o início do ano no sistema prisional maranhense. É a forma que as organizações do crime têm para intimidar e desafiar os governos.
Quem pode garantir, com plena certeza, de que não há um nexo entre tudo isso e o interesse de diferentes facções (criminosas e políticas) em desestabilizar o Governo do Maranhão e a candidatura do senador Lobão Filho? A resposta é que não há como garantir.
As organizações criminosas costumam derrubar governos e grupos políticos quando estes tomam a decisão de enfrentá-las. Acoado em seus interesses inescrupulosos e marginais, o submundo do crime parte para se articular politicamente e se associa com pessoas poderosas dos círculos de poder contrários aos governos constituídos.
Nesse sentido, se a inteligência do aparelho de Estado funcionar para valer e for eficiente na sua função, muita coisa poderá vir a público e a sociedade, enfim, saberá quem está por trás de todo esse festival de fugas, mortes e barbáries nos presídios do Maranhão.
A não ser que a inteligência do governo seja burra.