Famílias protagonistas das duas últimas gestões em São Luís conseguem passar arrastado no vestibular da eleição, mas provam da insatisfação do eleitor e recebem um duro recado
Holanda e Gardeninha: símbolos da má gestão de São Luís
O ex-prefeito João Castelo (PSDB) e o ex-deputado Edivaldo Holanda (PTC) conseguiram voltar à vida pública pelo mandato popular.
Mas saem desta eleição bem menores, quase que arrastados por outros aliados.
Ex-prefeito de São Luís, João Castelo – sempre apontado como bom de voto – percebe agora que seu eleitorado diminuiu consideravelmente ao longo dos anos. Com seus pouco mais de 52 mil votos, só conseguiu vaga na Câmara Federal por causa de estrondosas votações, como as de Eliziane Gama (PPS) e Rubens Pereira Júnior (PCdoB).
O fracasso de Castelo se completou com a derrota da filha, Gardeninha (PSDB), que mais uma vez não conseguiu eleger-se para a Assembleia.
Edivaldo Holanda também experimentou a rejeição do eleitorado.
O pai do prefeito Edivaldo Júnior (PTC) fez campanha milionária, com estrutura a olhos vistos. Mesmo assim, só conseguiu amealhar pouco mais de 31 mil votos – sendo eleito apenas por causa da votação dos seus colegas de coligação, como Toca Serra e Nonato Aragão.
Em São Luís, Holandão teve pouco mais de 17,9 mil votos, quase quatro vezes menos que a votação de Gardeninha em 2010, nas mesmas condições. E ficou atrás do presidente do Sampaio Corrêa, Sérgio Frota (PSDB), o mais votado entre os deputados estaduais na capital maranhense.
A votação do pai do prefeito ficou no mesmo patamar de outros candidatos com base em São Luís, como Bira do Pindaré (PS) e Roberto Costa (PMDB), por exemplo.
Castelo e Holandão terão espaço nas casas legislativas pelos próximos quatro anos, é verdade.
Mas precisam refletir sobre o recado dos eleitores.
E eles parecem não muito satisfeitos com os dois…