Governador eleito, que sempre criticou a postura “furta-cor” de adversários, agora parece agir exatamente da mesma forma política
O futuro governador Flávio Dino (PCdoB) se elegeu encarnando o discurso da mudança – de práticas e métodos políticos.
Agora, se declara neutro no segundo turno das eleições para não se comprometer com nenhum dos candidatos a presidente. Ao mesmo tempo, no entanto, libera aliados e até os familiares para as duas campanhas.
O irmão de Flávio Dino, Sálvio Dino Júnior, participou ontem, em São Luís, de evento da campanha de Dilma Rousseff (PT) no Maranhão. E declarou apoio à candidata do PT.
No dia anterior, o pai do governador eleito, ex-prefeito Sálvio Dino, fez questão de participar do evento em que o prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira (PSDB) abriu a campanha do candidato tucano Aécio Neves.
Flávio Dino foi auxiliar da presidente Dilma até abril, quando deixou a Embratur para ser candidato ao governo. Já o candidato tucano Aécio Neves veio ao Maranhão especialmente para firmar a aliança com o comunista – a quem indicou o companheiro de chapa, Carlos Brandão.
A postura “furta-cor” de Flávio dino pode ser explicada pelos interesses político-eleitorais de seu projeto de poder.
E como diria Karl Marx, “a história acontece como tragédia. E se repete como farsa”…