Embate eleitoral entre PT e PSDB se repete pela sexta vez consecutiva; e mostra a falta de alternativa política no país
São seis eleições diretas em que o brasileiro só tem duas escolhas: votar no PT ou no PSDB.
Desde 1994 os dois partidos se digladiam num embate ideológico que divide o país entre ricos e pobres; entre a importância da Economia e a força dos investimentos sociais; entre a importância da ascensão das classes menos favorecidas e as garantias ao setor empresarial como gerador de emprego e renda.
Este é o debate essencial que se trava entre petistas e tucanos.
Não se entra aqui em questões como corrupção, compra de votos e outros que tais – contingências clássicas da atividade política.
O debate aqui é: por que o Brasil não consegue ter alternativa entre o conceito liberal de economia de mercado defendido pelos tucanos e a assistência social como prioridade, tese-mestra dos petistas?
As duas forças que poderiam surgir como Terceira Via – PMDB e PSB – sucumbiram à dicotomia tuanco-petista.
Os socialistas fracassaram com a ascensão de Marina Silva, que, exposta à analise mais apurada da opinião pública – diferentemente de 2010 – mostrou-se frágil ideologicamente e sem conteúdo programático consistente.
Já o PMDB, maior partido do Brasil, optou pela atuação coadjuvante em todos os níveis – ora acenando ao PT, ora ao PSDB. E não demonstra o menor interesse, de curto prazo, em disputar o poder central no país.
E assim o país repete neste 2º Turno mais uma batalha eminentemente divisionista.
Que tende a se perpetuar na história…