A classe médica brasileira entrará para a história como o símbolo do preconceito, do corporativismo e da defesa de privilégios
A onda de revolta dos profissionais da medicina após o resultado das eleições chega a ser criminosa. E os ataques a eleitores de Dilma beiram a covardia, a truculência e a alienação.
Em seu perfil no Facebook, por exemplo, Karinny Natasha Coutinho chegou a por uma fitinha de “luto” em seu perfil no facebook, e declarou desejar que “hospitais fechem suas portas, os presídios tenham mais rebeliões e as escolas públicas desapareçam de vez”.
– Só não venham pros hospitais reclamar sobre saúde pra mim – alerta ela.
– Não tenho qualquer orgulho de ter nascido numa terra que se vende por alguns reais – desabafou ele.
A onda de revolta da classe médica não tem paralelo, sequer, na elite paulista-quatrocentona-e-antinordestina, que parece ter absorvido melhor a quarta vitória consecutiva do PT no país.
Membro de uma classe que rejeita a chegada de estrangeiros para trabalhar no país, Anamada declara, contraditoriamente, o desejo de trabalhar em outro país.
– Acho que para nós, a melhor opção é preparar o terreno e exercer a medicina dignamente em outro país – pregou ela, aos colegas que passam o tempo a praguejar contra a presença de médicos cubanos e de outras nacionalidades no Brasil.
E tem sido assim, com suas contradições, idiossincrasias, defesa de privilégios e corporativismo arraigado, que os médicos – brasileiros e maranhenses – têm-se revelado a mais revoltada categoria com a vitória de Dilma.
E, de qualquer forma, isto é lamentável…