Ícone do site Marco Aurélio D'Eça

Sarnopetistas já acenam a Flávio Dino…

Membros do grupo que apoiou a candidatura do senador Lobão Filho (PMDB) acham que “não devem fazer oposição a Dino” e pregam que o partido “deve  aprovar participação no governo” comunista

 

A turma do PT ligada ao comando regional, e que coligou com o PMDB para apoiar a candidatura do senador Lobão Filho já ensaia uma aproximação com o governo Flávio Dino (PCdoB).

Berenice Gomes (ao centro, com Márcio Jerry): sarnopetistas, petistas dissidentes, pedetistas e comunistas no mesmo barco

Este blog teve acesso a conversas entre membros do chamado “sarnopetismo” em que eles mostram-se claramente abertos a uma participação no governo eleito.

– Eu acho que não devemos fazer oposição ao governo Dino. Chega de tratar o PT como banda A  banda B – disse, em conversa em um dos grupos, a ex-coordenadora da campanha da presidente Dilma no Maranhão, Berenice Gomes.

Conversa entre sarnopetistas

O PT se dividiu nas eleições estaduais. Enquanto o grupo mais alinhado ao governo Roseana Sarney (PMDB) manteve-se coligado com Lobão Filho, os grupos dissidentes foram todos para a campanha de Flávio Dino.

O mesmo ocorreu no governo Jackson Lago (2007/2009).

O partido se coligou oficialmente ao PSB nas eleições de 2006,  mas vários deles fizeram campanha para o pedetista e ocuparam espaços no governo, mesmo sem a chancela oficial da legenda.

O episódio envolvendo Jackson também foi lembrado por Berenice Gomes, em outra conversa nos grupos petistas. Ela lembrou que, sem o apoio oficial do PT, os petistas acabaram saindo atirando do governo quando os problemas começaram a aparecer.

A ex-coordenadora de Dilma entende que, agora, a relação deva ser institucional.

– Penso que o PT deve aprovar a participação no governo, pois é melhor para petistas que vão e melhor para o partido (…). A relação tem de ser institucional – orienta a coordenadora.

O pensamento de Berenice Gomes tem apoio de vários petistas da alta cúpula maranhense – e de muitos que têm interesse em ocupar espaços nas secretarias – mas ainda não chegou a ser discutido oficialmente.

O debate se dá apenas em grupos fechados , em redes sociais e aplicativos de internet.

Mas está ganhando corpo…

Sair da versão mobile